terça-feira, 29 de novembro de 2016

FINANCIAMENTOS DE CASAS PODEM FICAR MAIS CAROS EM 2017



   Hoje em dia a internet proporciona uma velocidade na comunicação nunca antes observada e/ou sentida pelo mundo. Uma guerra entre países que teoricamente não possuem influência alguma para o Brasil vira algo gigantesco, pois conseguimos enxergar a quantidade de mortos, a destruição ocasionada, especialistas comentam sobre os motivos e aonde querem chegar com este impasse. (alguém até imaginou como seria a II Guerra Mundial no Facebook).

   E com a eleição do Trump nos U.S. não foi diferente. Ele ainda nem assumiu o posto de liderança mais influente do mundo e as especulações são feitas a todo o momento. Inúmeras informações e teorias são jogadas na internet tentando prever as consequências e impactos das possíveis medidas que ele tomará durante seu governo. Uma destas previsões se dá em relação às taxas das mortgages (financiamentos de imóveis) aqui na Austrália.


   Trump falou muito e ainda defende a ideia de construir um muro entre E.U.A. e México que possui um orçamento previsto de U$ 16 trilhões até 2026. Ou seja, ele vai precisar captar este dinheiro todo para as "obras de infra-estrutura" de seu pacote de estruturação do país.

   A especulação se dá em função de especialistas financeiros sinalizarem que os bonds americanos passarão a pagar maiores juros, já que eles precisarão de mais recursos para financiar este plano do Trump. Veja o fluxo do dinheiro:



   Os bonds  pagando juros maiores atrairão a atenção de investidores que poderão obter maiores retornos em um produto financeiro considerado seguro. Com isso eles passam a resgatar dinheiro de outras aplicações direcionando-os aos títulos americanos.

   E o que a Austrália tem a ver com isso?

   Muitos investidores aplicam nos bancos daqui para conseguir um rendimento um pouco melhor correndo um pequeno risco a mais. Porém com o aumento dos juros em um local teoricamente mais seguro do que a Austrália fica mais interessante redirecionar o investimento.


   Quando a instituição financeira passa a ter mais saídas do que entradas o seu fluxo de caixa começa a ocasionar problemas, pois ela depende do investimento de clientes para manter um padrão monetário confortável e seguro. Sendo assim ela acaba dividindo a bomba com o cliente, que neste caso será aquele que possui mortgage.
   

   Então temos uma economia passando por um momento difícil aqui em WA onde há uma possibilidade de comprar casas mais baratas, mas em contrapartida temos um risco de aumento das hipotecas tornando os preços mais caros.

   O mais interessante disso tudo é que alguns bancos já estão tomando medidas de aumento das taxas, mas o Trump nem tomou posse ainda. A "ideia do muro" está só na conversa por enquanto e não enxergamos nada "concreto" ainda, mas em função de toda a velocidade da informação o alarde sobre possíveis previsões é ventilado aos quatro webcantos desta internet véia sem portêra.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

FLIGHT CENTRE REGISTRA LUCRO 9% MENOR ESTE ANO.



   A empresa de viagens Flight Centre tem suas raízes aqui na Austrália e por isso seu nome condiz com o inglês daqui "Centre" ao invés do inglês americano "Center".

   Seu foco é o mercado doméstico australiano onde eles buscam ser a empresa mais barata do mercado interno, além de oferecer grandes oportunidades para viagens internacionais.

   O site possui inúmeras buscas como hotéis, voos, alugueis de carro e pacotes para feriados e férias. A empresa busca ser bem completa nesta área de hospitality, vale a pena dar uma conferida nos preços dos serviços.

   Da mesma maneira que a internet facilita o acesso aos seus serviços, ela ajuda o cliente a buscar melhores preços nos concorrentes. Essa movimentação do mercado faz com que a Flight Centre busque meios de bater a concorrência e isso acirra a competição pelos clientes.

   O outro lado da moeda é que dependendo da diminuição que você aceita em sua margem (lucro), faz com que mesmo vendendo mais você receba menos. E isso não agrada os investidores.

   Empresa de capital aberto é isso. Você recebeu um montante financeiro expressivo para expandir seus negócios, mas a quantidade de gente de olho em você aumenta na mesma proporção.

   Esta foi a recepção que a empresa teve quando anunciado que seu lucro será 9% menor do que em relação ao ano passado. A companhia culpa esta baixa nos preços de venda para se manter competitiva, apesar de nunca em sua história ter vendido tanto.


Lucro x Vendas

  Não necessariamente você lucra mais quando vende mais. Depende muito do preço que está sendo cobrado e das despesas que você possui. Muitas vezes é preferível operar a low cost com uma estrutura mais enxuta, mas vender por um preço maior. Vejamos um gráfico para exemplificar:


       Supondo que a empresa venda 2 quando o preço for $5, então sua receita será $10. Mas se ele baixar para $3 e vender 3, sua receita será $9. Ou seja, mesmo vendendo mais, ela recebe menos. Foi isso que aconteceu com a Flight Centre.

   Graham Turner, um dos diretores da empresa, disse que espera bater a barreira de 20 bilhões de dólares de vendas em total de transações realizadas pela primeira vez em toda a história da companhia.

   Segundo Turner, eles projetaram este crescimento para o Financial Year 16 e estão contentes mesmo com a queda nos lucros, pois eles estão aumentando o posicionamento da marca no mercado, principalmente no interno que é o grande forte da empresa.

   Apesar do discurso otimista, os investidores não responderam desta maneira fazendo com que a ação despencasse na bolsa de valores da Austrália (ASX). Em comparação com a Webjet* por exemplo, concorrente direto da Flight Centre, as ações se comportaram de maneira contrária:


   
   Se a Flight Centre apostou certo em se expandir seu posicionamento no mercado para se estruturar melhor e retomar o crescimento em 2017, só o tempo dirá. Atualmente o mercado não enxerga desta maneira e só nos resta aguardar os desdobramentos do setor de hospitality e como a economia australiana (especificamente em WA) se portará no próximo ano.

* A Webjet citada refere-se a empresa de viagens daqui da Austrália e não à companhia aérea comprada pela GOL em 2012.
   
   

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

VOCÊ ESTÁ FELIZ COM SUA ATUAL SITUAÇÃO FINANCEIRA?


   As experiências que adquirimos ao longo da vida são importantes para nosso desenvolvimento em diversas áreas como a pessoal, financeira, educacional, etc. dentre tantas outras que nos torna Seres Humanos.

   Estas vivências nos ajudam a melhorar nosso discernimento na tomada de decisão e de fazer escolhas mais pensadas que se atenham ao foco de nossos objetivos de vida.

   A grande questão é que não aprendemos TUDO de TUDO! Explico...

   Minha área profissional é a financeira. Vivenciei anos dentro de escritórios atendendo solicitações de minhas diretorias para, ora apresentar as perspectivas para o próximo ano, ora elaborar uma planilha demonstrando a receita por cliente dos últimos 2 meses...    

   Passando por poucas e boas desenvolvi uma expertise em analisar números argumentando o por quê deles estarem altos ou baixos e as consequências que eles trariam para o negócio.

   Este sou eu, Alecio.

   Mas se me pedirem para calcular números sobre a carga que uma parede aguenta para sustentar o telhado da casa, com certeza vou torcer para não chover porque ele vai cair. Informações relacionadas com números, mas que nos dão respostas diferentes.

   Eu  não sou louco então de tentar ajudar um engenheiro a calcular a resistência da parede, é aí que eu assumo minha deficiência e busco um especialista neste assunto. Esta é uma análise que faço de mim mesmo sobre os pontos que sou forte e aqueles as quais possuo defasagem. 

   Infelizmente não fui eu quem criou este tipo de análise, já existe uma ferramente que te ajuda a identificar suas forças e fraquezas, as oportunidades e as ameaças. Trata-se da análise SWOT de Michael Porter.



   Michael Porter é um especialista da área de Business Strategy e buscou ao longo de sua vida desenvolver teorias que pudessem ser aplicadas no ambiente corporativo para que o board diretivo pudesse tomar decisões. Ele verificou que uma empresa possui um ambiente externo extremamente competitivo que deve ser monitorado e calibrado a todo momento, e que ela possui um ambiente interno com inúmeros processos, que podem vir a causar atritos entre si, se não organizados de uma maneira lógica e sustentável.

   Com esta ideia de Ambiente Externo x Ambiente Interno, Porter identificou como cada um deles influencia o desenvolvimento da empresa e colocou no papel. Assim nasceu a Análise SWOT:



   Trata-se então de uma figura divida em quadrantes que identificam as Strenghts e as Weaknesses do ambiente interno bem como as Opportunities e as Threats do ambiente externo.

   A ideia é então identificar (e relacionar) em cada um destes quadrantes aquilo que te coloca para cima e aquilo que te puxa para baixo. O resultado final é possuirmos uma ferramenta que nos auxilia na tomada de decisões com o intuito de alcançarmos nossos objetivos.

   Para ajudar a elaborar estes quadrantes podemos simplesmente responder às seguintes perguntas:
   


   A análise SWOT é interessante, pois pode ser aplicada em uma multinacional com dezenas de milhares de funcionários assim como pode ser aplicada na vida de somente um indivíduo, ou seja, nós.


   Imagina só se quando saíssemos do colegial soubéssemos exatamente quais as forças e fraquezas que possuímos? E imagina só se também conseguíssemos enxergar quais oportunidades e ameaças teríamos à frente em relação à estas forças e fraquezas? Com certeza nossa vida seria mais fácil, já que teríamos maiores certezas em nossas escolhas.

   Quer ver como ela funciona? Olha a Análise SWOT do Superman:



   E por que raios eu estou dizendo tudo isso? Porque eu acho que boa parte da nossa situação financeira pode ser atribuída à forma como lidamos (ou deixamos de lidar) com estas Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças que tivemos ao longo dos anos.

   Pense bem: quais as forças que te fizeram crescer profissionalmente? E quais fraquezas que te impediram de ir além? Quais oportunidades apareceram no meio do caminho e você aproveitou? E quais ameaças te fizeram perder a linha e ter de retomar algo de onde havia parado?

   A inteligência de nossa vida é saber aplicar nossas ações nos rumos que poderão nos ajudar a alcançar nossos objetivos (você tem objetivos? Esta é a primeira pergunta a ser respondida).

   Por isso, todo mundo tratando de riscar um quadrado aí no papel para que possamos analisar nossa vida e enxergar se estamos rumando para o caminho correto.