segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Análise Fundamentalista

            O Fundamentalismo se baseia em analisar a empresa, sua saúde, seu atual momento e suas perspectivas. O objetivo é verificar se a empresa presta ou não e mesmo assim ter na cabeça que o conhecimento técnico perde para o comportamento humano.
            Antes de entrarmos na parte técnica, quero que fique bem claro que a perspectiva futura da empresa atrelado às expectativas do mercado derrubam uma análise fundamentalista. Sabe como? Vamos recordar quando o Itaú e o Unibanco resolveram efetuar uma fusão. De um dia para o outro eles vêm a público anunciar a decisão, pega todos de surpresa e alavanca absurdamente os preços de suas ações.
            Pois bem, e se eu disser que quem entrou neste dia da publicação provavelmente teve prejuízo? Como? Pois este tipo de notícia que “chacoalha o mercado” segue o seguinte fluxo:




           
            Acima da linha do tempo temos os acontecimentos e abaixo temos quem soube da notícia naquele período. Se vocês repararem bem, estamos todos ali na MASSA! Olha o que já teve de gente que soube antes e o quanto de especulação que pode ter sido feito. Quando a notícia saiu e o preço foi nas alturas, os que compraram antes pagaram muito barato.
            O fundamento fica distorcido? Sim, pois o ativo fica supervalorizado. Não quer dizer que a empresa é uma porcaria, mas que estão falando que ela vale muito mais do que vale,  aí você acaba pagando muito caro por ela (se comprar neste período de especulação e de grandes acontecimentos, com notícias bombásticas).

            “Não tem nada mais velho que o jornal de hoje” (causa e conseqüência são um só. Aquela notícia já era esperada).

            Dentro deste assunto temos dois termos muitos usados:
Bolha: é aquilo que quando estoura você não consegue pegar (supervalorização da ação depois de muitas pessoas receberem informações privilegiadas), é como uma bola de sabão.
Crash: após o estouro da bolha, é uma queda em linha reta derrubando tudo (as melhores empresas mais devagar, as piores muito acelerado).
            Falamos o tempo inteiro de riscos, mas não adotamos os passos necessários e adequados para enfrentá-los.
            Os riscos que devemos olhar são os que contêm a possibilidade da empresa diminuir seu ritmo ocasionando menores faturamentos ou até mesmo prejuízos. Para analisá-los temos de olhar para o balanço da empresa.

            Calma, calma calma... ninguém aqui vai tem que fazer um curso de contabilidade para ser da escola fundamentalista, devemos ver o balanço pelos olhos de um Investidor e não de um Contador.
            A cara de um balanço é a seguinte:



            O primeiro ponto aqui é jogar ativo e passivo fora e se concentrar somente no PL pois ele é aquilo que efetivamente pertence ao acionista, é o valor da empresa (PL = Ativo – Passivo). Este PL tem que apresentar crescimento contínuo e constante.
             
            Outro relatório legal de olharmos é o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) pois ele nos mostrará lá no final se a empresa apresentou  lucro ou prejuízo. Mais importante que esta linha só a que vem falando “Lucro por ação” pois aí poderemos verificar quanto a empresa está lucrando por cada ação. 



Demonstrativo de Resultado do Exercício – DRE




            Este é um exemplo bobinho de DRE, sendo que esta empresa específica não apresenta a linha “Lucro por ação”.

            Bom, por enquanto é isso, depois veremos os índices que podem ser calculados para avaliar Liquidez Geral, Liquidez Corrente, Grau de Endividamento, Margem Líquida, Rentabilidade do PL, etc...

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