segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O Brasileiro não se importa em pagar impostos


   Sim, é isso mesmo! O BRASILEIRO NÃO LIGA EM PAGAR MAIS IMPOSTOS. Mas calma, me dê um minuto para defender meu ponto de vista por favor.




   Os impostos servem para recolher da população aquele valor que é destinado a custear serviços que tragam benefícios ao bem estar geral. Se formos lá atrás na história da humanidade, encontraremos situações que justificam estes impostos.
   
   Temos os reis cobrando tributos da plebe para poder manter o exército e assim a defesa de todo o reino, além é claro que ele conseguia manter a ordem com seus guardas. Temos o senhor feudal garantindo um lugar para seus vassalos trabalharem e morarem em troca de taxas. E temos os governos cobrando impostos para pagar a polícia, bombeiros, hospitais, escolas, estradas, etc, etc, etc.

  

   Então o que temos é uma estrutura onde o cidadão trabalha e paga uma parte de seus rendimentos ao governo em troca de benfeitorias que melhoram a sua qualidade de vida. Aí que entra o brasileiro. Grande parte da população quer que o governo fique com 50% ou mais de seus rendimentos SE...

...SE não tiver que pagar por um plano de saúde,
já que seria bem atendido no público;
...SE não tiver de pagar escola particular,
já que seus filhos teriam um ensino de qualidade;
...SE não tiver de pagar seguro do carro,
já que sua preocupação com assaltos seria mínima.

   SE, SE, SE... Inúmeros SES que poderiam se concretizar e fazer com que a população brasileira recebesse aquilo que dá ao governo.


MAS NADA É O QUE PARECE!

   Então o brasileiro acaba onerando em 35% seus rendimentos (sem contar a influência dos impostos nos produtos e serviços que ele compra) e tem de se virar com 65% para cobrir as coisas essenciais do dia a dia como educação, transporte, segurança e saúde.

   Fora ter de fazer este malabarismo todo para bancar estes serviços essenciais com quase metade de seu orçamento, ainda vê a alta cúpula (políticos e funcionários públicos por exemplo) recebendo em um mês o que muitos recebem em um ano. Carro com chofer, auxílio gravata, celulares de última geração, auxílio viagem, auxílio PUTAQUEOPARIUQUEOPARTA.

   Enxergar esta máquina inchada, com pessoas que executam um terço do esforço laboral que grande parte da população executa, mas ganhando três vezes mais e ainda assistir nos jornais toda a corrupção que esta corja impele no crescimento do país é revoltante.


   BRASIL É UM CIRCO MESMO. Temos malabaristas que tentam manter todas as bolas no ar, trapezistas que tentam sobreviver à queda e milhões de palhaços.

   Dica de uma reportagem muito boa que ilustra tudo isso com maiores dados:

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Grau de (des)investimento do Brasil



   Passei boa parte de minha vida profissional dentro de salas de reuniões tentando explicar à diretoria e presidência os números que eu apresentava. Eu era bombardeado por perguntas e dúvidas acerca daqueles gráficos e dados que eu demonstrava da companhia.

   Com base neles eu projetava a vida financeira da empresa e dava o tom se teríamos peru no próximo natal. Caso positivo era só festa, caso negativo era uma semana de explicações sobre como ELES (diretoria e presidência) gastaram muito.

   Aprendi então que nestas ocasiões eu deveria me munir de todas as informações possíveis. Eu fazia uma auditoria em mim mesmo tentando elaborar perguntas para pontas soltas nos gráficos, que com certeza chamariam a atenção.

   Dessa maneira aprendi a me precaver quando estaria exposto desta maneira e criei em minha cabeça a equação: Quanto maior o status da audiência, maior o grau de preparação que eu tinha.

   Parece uma coisa besta e meio óbvia: LÓGICO que você tem de se preparar para uma reunião onde todo o board diretivo estará presente prestes a ouvir as projeções financeiras da empresa. E LÓGICO que se as perspectivas forem desastrosas você tem de trazer informações e dados para justificá-las. E mais LÓGICO AINDA que você precisa dar possibilidades de solução para aquele cenário.


Engraçado porque o Brasil acabou de fazer tudo isso ao contrário.

   Uma apresentação das perspectivas do próximo ano com R$ 30 bilhões de déficit (não eu não escrevi errado 30 BILHÕES DE FUCKING DEFICIT!!!) E isso para um país, número que influenciará centenas de milhões de pessoas.

   Eu acho que sou muito desesperado, porque quando eu apresentava uma perspectiva de alguns mil reais negativas que impactariam a vida de 100 pessoas eu já me desesperava. Imagina apresentar este número!

   Qual o plano de ação para isso? "Ah, vamos nos reunir para tentar cortar R$ 20 Bilhões dos gastos".




   Porra, estamos falando de um país! Não de uma empresa. De uma bosta de um país gigante que tem uma imagem perante todos o resto do mundo e responsabilidades perante seus cidadãos.

   Detalhe: SE eles conseguirem cortar 20 bilhões, ainda teremos uma perspectiva negativa de 10 bilhões para 2016! Ficaremos negativos em R$ 830 milhões POR MÊS! A cada dia fecharemos R$ 30 milhões mais pobres!! Isso é inadmissível!

   Aí resolvem conversar para tentar cortar gastos com ministérios e cargos de indicação (ponto para a corja do governo) e possíveis cortes em obras, saúde e educação (!?). Oi? Cortar infra? Educação? Saúde?

  KRALÉO!!! Nós vamos ficar negativos com despesas de consumo e não de investimento!!! Isso é muito mais inadmissível ainda! Uma coisa é você ficar negativo (pegar empréstimos) para tentar alavancar um negócio ou se estruturar. Outra coisa é ficar negativo para pagar conta!

   

   

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Nossa economia (a nível Planeta Terra) ruirá!

   Eu escrevo quando me dá vontade. E por quase um ano não me deu vontade de escrever sobre economia, controles e planejamentos financeiros.
(mas me deu vontade de escrever um livro de história fantástica, visite lá o site: www.arkhaika.com.br)

   Trabalhei muito durante este período em diversas áreas: empesas de produtos e de serviços, empresas com um ótimo caixa e que tinham que escolher quem pagar (até atrasos salariais eram provocados), empresas que sentiram fortemente a crise e viram suas vendas caírem significativamente e aquelas que começaram a exportar e se deram muito bem com o dólar nas alturas.




   Também atuei muito com treinamentos (Excel, Matemática Financeira, Controle de Contas e Investimentos) e com pessoas físicas (aquelas que estavam com um rombo enorme no orçamento e as que queriam refinar seus investimentos).





   Todo este movimento mais independente que eu dei para minha vida me fez conhecer muitas pessoas e aprender com muitos novos casos. Ao final tirei uma grande conclusão que levarei como lição de vida para mim:





   Sim, aprendi isso! Pode ser que muitos digam algo "mas isso é evidente, como ele foi me dizer uma coisa dessas só agora?"

   Eu já tinha o pensamento de que ele era falho, mas o por quê? Não dá para levar as coisas só no feeling de mercado e de momento histórico. Faltava para mim um algo mais, uma explicação do por que eu acreditava nisso.

   E este momento de clareza foi construído ao longo destas minhas últimas vivências. Eu pude enfim construir argumentações que me fizeram enxergar o por quê este modelo cairá e nos deixará à mercê.

   Economia para mim é o mercado do país que influencia no fluxo financeiro. Sejam eles internos (governo x famílias x empresas que compram e vendem aqui dentro), que fazem um movimento financeiro de troca de mãos ou externos (dinheiro entrando e saindo do país). Tudo que envolve o aumento ou diminuição destes fluxos de entradas x saídas ou de poupar x gastar é classificado dentro da economia. Exemplos que influenciam neste fluxo financeiro são: taxas de juros, taxas cambiais, aumento de exportações, tomadas de decisões políticas, etc, etc, etc.

   Mas a economia precisa ser algo que ajude as pessoas, empresas e países a evoluírem. E o que tenho visto infelizmente é a acumulação de riqueza nas mãos de poucos, enquanto a maioria toma na cabeça e tenta ser mais esperta que o vizinho.

   Cadê a benevolência? Onde está o "amor ao próximo"? Sempre que formos ajudar o outro, este "favor" deve possuir um preço? Não! Isso está errado. Precisamos repensar nossos conceitos e nossos valores, nossas crenças e nosso ambiente. O todo deve prosperar e não somente um punhado.

   Não vou me prolongar mais. Guardarei para os próximos posts minha argumentação de economia mundial frágil. Este é mais um desabafo sobre meu momento de clareza e de revolta.