Algumas perguntas são realmente instigantes e uma em particular é a que dá nome à este post. Afinal de contas, como posso almejar comprar uma casa num valor de $ 300 mil (isso porque estou sendo generoso no preço) se ganho uma média de $ 20 por hora? A explicação é simples.
O dinheiro que entra atualmente serve para pagar as despesas do dia a dia e para manter um básico em sua vida. Temos de custear o aluguel semanal, o transporte para trabalho e estudo, alimentação, celular e internet. Fora isso ainda temos a preocupação de valores com renovações de visto e de matrícula em cursos. Além de toda esta lista ainda vamos inserir uma compra de casa? Parece loucura! Isso porque eu não inclui uma troca de celular, de carro, de vídeo game, compra de móveis, de roupas.
Como então enxergar a compra de uma casa neste marzão de despesas?
A lógica da coisa é tratar o dinheiro que você recebe de maneira diferente, classificando-o e separando em medidas de tempo distintas. Parece confuso, mas tentarei ser o mais didático possível.
Você possui gastos semanais e mensais, que nada mais são do que aquelas despesas citadas acima sobre manter o seu dia a dia. Satisfazer as necessidades básicas para a continuidade de sua vida são gastos já inerentes à sua conta e que nem precisam ser pensados, pois você sabe que os terá sempre com certa frequência.
Vamos classificar estes gastos como de curto prazo.
Em um segundo degrau, podemos enxergar gastos que se apresentam em um prazo maior, tais como comprar um carro, mobiliar a casa, comprar roupas novas, trocar de celular, fazer uma viagem. Estas despesas possuem uma maior complexidade e precisam ser pensadas, planejadas. Elas não fazem parte do seu dia a dia e você pode viver sem tê-las, mas você escolhe incluí-las em seu orçamento para receber um certo luxo a mais em sua vida.
Estes são os gastos de médio prazo.
No último dos degraus encontramos as mais difíceis (e que muitas vezes pensamos ser praticamente impossíveis). Elas são as que apresentam um enorme volume de dinheiro e requerem força, energia, trabalho e muito tempo para serem alcançadas. A compra de uma casa e uma aposentadoria confortável são as principais.
Estas são pela lógica as de longo prazo.
Então da mesma maneira como possuímos despesas que serão utilizadas no curto médio e longo prazo, devemos dividir nosso dinheiro e classificá-lo da mesma maneira. Afinal, como pagar uma conta de aluguel com o percentual destinado à compra da casa própria?
A ideia central é enxergar que seu dinheiro possuirá uso em diferentes momentos de sua vida, mas que para isso ocorrer você deve dividi-lo e guarda-lo para cada ocasião. Esta é a velha máxima de liquidez que o investimento possui.
Dinheiros de curto prazo sempre ficarão na poupança onde o resgate é rápido e não há incidência de imposto. Já os de longo prazo podem ser aplicados em produtos financeiros mais sofisticados que demandarão mais tempo para o resgate e que possuirão incidência de impostos.
Dessa maneira você tem dinheiro à mão para despesas imediatas e emergenciais e guardará dinheiro para os projetos mais audaciosos.
MAS NEM TUDO É O QUE PARECE!
Infelizmente como tudo nesta vida a teoria é linda e a prática é difícil. A ideia que este post trás acaba sendo muito boa e interessante, mas a grande dificuldade é lidar com as demandas financeiras do dia a dia mantendo o foco nos objetivos futuros. É para isso que existe o Planejamento e o Acompanhamento Financeiros.
Para terminar deixo um Check List como lição de casa:
1. Definir seus objetivos de curto, médio e longo prazo;
2. Determinar o montante necessário para obtê-los;
3. Montar um plano estratégico que o fará alcançá-los;
4. Colocar em prática este plano todo santo dia!
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Até a próxima.
Alecio Miari
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