quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Bolsa de Valores - Opções – Custos, Fechamento e Resumão

Sempre falaremos da parte dolorida (custos) porque é essencial sabermos tudo que estamos pagando e o que corrói nosso lucro.

           
  1. Taxa de Custódia: Opção não paga Taxa de Custódia. Provavelmente você estará pagando se tiver o ativo em carteira.

  1. Corretagens: Como no mercado à Vista você paga corretagem tanto na compra como na venda de Opção (varia de corretora para corretora este valor). Caso seja exercido paga corretagem de venda do ativo e caso exerça, (normalmente) paga corretagem de mesa.

  1. Emolumentos e ISS: São cobrados em cada nota de corretagem sobre a quantidade de operações realizadas no dia. São porcentagens fixas recolhidas pela própria Bolsa (a corretora não tem nada a ver com esta cobrança e por isso não é possível negociar este valor), mas ele é irrisório, corresponde a menos de 0,5% do volume operado.

  1. Imposto de Renda: É aqui que o bicho pega! Por regra, você tem de recolher 15% do ganho líquido nas operações em opções. O grande problema é que temos vários cenários possíveis e temos de recolher IR em todos eles:

            a. Vendeu a opção e não foi exercido: Recolher 15% em cima do Prêmio menos as corretagens.


            b. Vendeu a opção e foi exercido: Recolher 15% em cima da Diferença do Strike para o preço de Compra do ativo mais o prêmio menos as corretagens:


            c. Vendeu a opção e antes do exercício recomprou para zerar posição: Recolher 15% em cima da Diferença da Venda para a compra menos as corretagens:


            d. Comprou a opção e antes do exercício vendeu a mesma: Recolher 15% em cima da Diferença da Venda para a compra menos as corretagens:


*Lembrando que deve ser recolhido via Darf usando o mesmo código do mercado a Vista: 6015*

Calma!!!! Não se assuste!!! Mais um motivo para operar opções somente depois de um tempo de mercado. Você tem que ter uma posição considerável em carteira, pois caso contrário, as corretagens comem todo o seu lucro.


Fechamento

O basicão do mercado de opção foi passado aqui. Para quem já conhece mais a fundo sabe que o caminho nem começou visto termos ainda diversas variáveis que explicam o por que delas serem tão explosivas (casos de altas de mais de 100% no dia, bem como quedas de mais de 80%, ocorrendo a segunda com maior freqüência, rs). Estudar as gregas, VI, VE, travas, etc...

De uma forma geral, opção é muito gostoso de operar mas tem que ter conhecimento, tem que saber o que está fazendo e como elas funcionam. Quando você começa a entendê-las, você consegue fazer com que elas ajudem a multiplicar o capital na Bolsa. Usá-la como multiplicador de Capital!!!


Resumão

Investimento: Opções (Bolsa de Valores)
Tipo de Aplicação: Renda Variável
Grau de Liquidez: Baixo
Impostos: Recolher 15% em cima do ganho líquido.
Custos: Corretagem por operação (fixa ou por volume de acordo com corretora) e Emolumentos e ISS (custos fixos recolhidos pela Bolsa, menos de 0,5% em cima do volume operado).

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Bolsa de Valores - Opções – Tipos de Opção e Exercício

Aprenda uma coisa: sempre que o mercado puder desenvolver mais operações complicadas, ele o fará! Fora existir a possibilidade de dois mercados (à Vista e Opções), temos ainda dois tipos de opções bem como duas maneiras de vendê-las/ comprá-las:

Call x Put

Toda a descrição feita até o momento quanto às opções, diz respeito às “Call” (ou opção de compra) onde vendemos a opção de comprarem nosso ativo a um preço determinado durante um período estipulado. Esta é a opção mais negociada no mercado brasileiro e por isso é a mais importante de se aprender.
Fora a Call, temos a Put (ou opção de venda) que consiste no inverso: vendemos a opção de nos venderem o ativo a um preço determinado durante um período estipulado. Como eu disse, gostam de complicar....
Pensem no inverso do exemplo da Call:
           
Exemplo: Eu não tenho ativo algum na carteira e resolvo vender a Put PETRT26. Estou dando o direito de alguém me vender PETR4 ao preço de R$ 26 até a Terceira 2ªfeira de Agosto.
Vou parar por aqui, muito complicado e no momento não há mercado para ela no Brasil.


Só para conhecimento, ela segue uma tabelinha parecida com a da Call:


Opção Americana x Européia

Mais uma maneira de complicarem nossas vidas... Existem dois tipos de exercício nas opções:
1ª Opção Americana: Você pode exercer seu direito desde o momento que comprou a opção até a data do vencimento;
2ª Opção Européia: Você só pode exercer seu direito da opção que possui na data do vencimento.
A mais negociada no Brasil é a Americana, nem precisa esquentar a cabeça com a Européia.

Para exemplificar, segue um quadrinho:


Exercício de Opções

Exercício é a data limite para determinada série que está sendo negociada (em Agosto temos a série H das Call e a série T das Put). É o dia que realmente importa se o ativo está acima ou abaixo do Strike da opção lançada/ comprada e se será exercido ou não.

No exercício da opção você terá o custo da operação, é como se fosse uma corretagem específica para este tipo (e normalmente é mais caro). Já o vendedor que é exercido, gasta uma corretagem de venda normal (é como se ele estivesse vendendo seu ativo).

No dia do exercício há os horários possíveis e determinados que são informados pela própria BM&FBovespa, fiquem atentos aos comunicados dela. Passado estes horários, a série pára de ser negociada e o mercado continua normalmente como se nada tivesse acontecido.

Estão vendo como o negócio é complicado? Volto a dizer: Não se aventure neste mercado se já não tiver uma bagagem legal de bolsa. Perder dinheiro aqui é a coisa mais fácil do mundo!! Pensem em seu patrimônio e em todo seu esforço para juntar dinheiro, não o desperdice pelo ralo assim do nada...

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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Bolsa de Valores - Opções – Aplicando os conceitos na Bolsa

Vamos lá, opções é um assunto muito legal de aprender (E MUITO PERIGOSO, NÃO SE ESQUEÇAM!!). Relembrando o que vimos no último post.... Numa negociação neste mercado existe:
1. Lançador - (que vendeu a opção e tem a OBRIGAÇÃO de entregar caso seja exercido);
2. Titular - (que comprou a opção e tem o DIREITO de exercer);
3. Prêmio - (valor pago pelo comprador para ter o direito);
4. Strike - (que é o preço que aceitei vender o ativo caso seja exercido) e a coisa mais importante a meu ver:
5. TEMPO (não se esqueçam que a opção nasce, cresce ou não – e morre).
           
No post anterior citei que você pode perder mais dinheiro do que tenha, caso venda opção de um ativo que não possui (se ele subir muito, você tem que ir ao mercado comprá-lo para vendê-lo mais barato). Porém há também o risco de quem compra a opção. Como ela tem prazo de negociação, há a possibilidade de o ativo estar abaixo do Strike na data de vencimento e com isso você perder todo o dinheiro gasto com ela. (o relógio pode estar valendo R$ 90 na data que termina o direito e você perdeu o dinheiro que pagou ela opção de comprá-lo).

Olhando para o mercado, as opções são negociadas no home broker normalmente (como no mercado à vista) e possuem códigos próprios.
Assim, temos que a opção do ativo leva o nome do próprio ativo mais uma letra determinando o prazo mais dois dígitos determinando o strike. Ficamos dessa maneira então:

PETRH30 

Opção de Compra da Petrobrás com Vencimento em Agosto no Strike de R$ 30,00.
(não me xinguem, este post foi feito no meu antigo blog quando a Petrobrás ainda valia isso)


Este “H” representa vencimento em Agosto, cada letra representa um mês iniciando no “A” e terminando no “L”:


Porém, quando termina cada opção? SEMPRE na 3ª Segunda Feira do mês corrente.

Uma coisa importante a se comentar: Disse anteriormente que o risco de você lançar uma opção sem ter o ativo na carteira é ilimitado, porém as corretoras exigem garantias para cobrir as operações de risco. Que fique claro que se você não tiver ativos, ela pode bloquear seu dinheiro ou colocar títulos públicos (se você os tiver) como garantia.

Esclarecido isso, vamos a um exemplo prático...

Imaginemos que compro hoje 100 PETR4 por R$ 28,00 e que consigo lançar 100 PETRH30 recebendo R$ 0,50 de Prêmio por ação. Ela tem vencimento na 3ª segunda-feira de Agosto com Preço de Exercício (Strike) em R$ 30,00. No dia do exercício teremos duas possibilidades:

1ª Petrobrás estar valendo mais do que R$ 30: Serei exercido e terei de entregar o papel por R$ 30.
1.1  – Benefícios: Já recebi R$ 50 de Prêmio e ainda receberei mais dois reais por ação ou R$ 200 (Venda – Compra = 30 – 28 = 2).
1.2  – Risco: Possuo o risco da Petrobrás estar valendo R$ 35 por exemplo e ter de entregar por R$ 30. Apesar de ter ganho R$ 2 por ação, estou deixando de ganhar mais R$ 5.

2ª Petrobrás estar valendo menos do que R$ 30: Não serei exercido tendo embolsado o Prêmio de R$ 50.
2.1 – Benefícios: Lancei a Opção e não fui exercido (continuo com minha posição de ativos, ela virou pó) ganhando R$ 50.
2.2 – Risco: A Petrobrás cai para R$ 25 e apesar de ganhar o prêmio do lançamento, perco muito valor do ativo.

Obs Importante: Reparem que sempre a relação Risco x Retorno caminha junta.

Ilustrando a operação montada:



















            

Como pagamos R$ 28 e lançamos por R$ 0,50, na teoria nosso preço é R$ 27,50.

O Gráfico demonstra nosso Lucro/ Prejuízo dependendo de quanto vale o ativo. Se ele vale R$ 27,50, estamos no zero à zero, para cada centavo maior ou menor, temos lucro ou prejuízo.

Complicadinho não? Opção é coisa séria!! Não pule de cabeça neste mercado sem antes estudá-lo muito bem e tenha em mente uma coisa: OPERE pequeno!!!

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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Bolsa de Valores - Opções – Como funcionam

Mercado perigoso!!! Tem de saber mexer muito bem no à Vista antes de vir para cá. A verdade é que dependendo de como você atuar no à Vista, nem precisará entrar aqui.

Após um alerta inicial, vamos partir para o conceito da opção:

“Opção é o direito de comprar/ vender um determinado ativo a um preço determinado dentro de um período estipulado.”

Bo-Ni-To!!! Linda definição!!! Mas o que realmente significa??


Imaginemos a seguinte situação: 


Isso significa que eu vou guardar o relógio (não irei vender para ninguém) até o final do mês que vem, que é o prazo que ele possui para decidir se me pagará os R$ 100 do relógio ou não.

Com este direito ele pode fazer algumas escolhas:


1º Pagar os R$ 100 e comprar o relógio
Por que exercer o direito de comprar pelos R$ 100?
Porque o valor do relógio no mercado subiu para R$ 150 e ele terá gasto somente R$ 110 (Relógio + Direito).





2º Vender o direito para outra pessoa
Por que vender o direito para outra pessoa?
R: Porque o valor do relógio no mercado subiu para R$ 150 e te ofereceram R$ 30 pelo seu direito (lucro de 20: Venda menos a compra do direito).





3º Deixar virar pó
Por que vender o direito mais barato para outra pessoa ou deixar virar pó?
R: Porque o valor do relógio no mercado caiu para R$ 90. Você pode comprar um na loja mais barato do que gastar os R$ 100.




Vamos fazer uma releitura da frase que explica o que é opção:

“Opção é o direito de comprar um determinado ativo (relógio) a um preço determinado (R$ 100) dentro de um período estipulado (até o próximo mês).”

Huumm, bem mais claro, não? A ideia é que meu amigo comprou o direito de comprar o relógio de mim por R$ 100 até o próximo mês.

E eu que vendi este direito de comprar meu relógio, tenho de esperar até o final do período para ver se ele irá exercer ou não e me pagar o valor estipulado (R$ 100). Caso ele exerça, tenho de entregar o relógio, caso contrário embolso o valor do direito (chamado PRÊMIO). Outra possibilidade que tenho é de recomprar o direito (e assim zerar minha posição).

Análises da operação...

Comparativamente aos nomes de mercado, temos o seguinte:

Comprador ou Titular: O meu amigo. Ele tem o Direito de comprar o ativo, ele pode ou não exercê-lo;
Vendedor ou Lançador: Eu que vendi o direito ao meu amigo. Eu tenho a Obrigação de vender o ativo se ele exercer seu direito.
Prêmio: Valor pago pelo direito (neste caso, são os R$ 10).
Strike ou Preço de Exercício: Valor de exercício do ativo (R$ 100 para comprar o relógio).
Tempo: Até quando o direito vale (até o próximo mês).
Deixar virar pó: Expressão de mercado quando algo perde todo o valor e ninguém consegue se livrar dele. Se o relógio estiver valendo R$ 90, ninguém vai querer comprar o direito de comprar o mesmo relógio por R$ 100.

Para fechar com um mega alerta, temos a seguinte diferenciação entre mercados:

Enquanto no à Vista você pode perder todo seu dinheiro (se o valor da ação chegar à zero), nas Opções, você não só pode perder tudo que investiu como pode perder o que não tem. É aí que a bolsa te quebra, fazendo você perder todo o patrimônio.

Como que eu faço para perder mais do que eu tenho?? Posso simplesmente vender o direito de comprar de mim o relógio por R$ 100, com uma ressalva pequenininha.... EU NÃO TENHO O RELÓGIO!!!

Já pararam para pensar nisso?  Vendo o direito sem ter o ativo e o valor dele dispara!! Imagine que ele passe a valer R$ 250. Terei de ir ao mercado, pagar os R$ 250 e vender por R$ 100 (Eu tenho a OBRIGAÇÃO de entregar), um prejuízo de R$ 150.
Em um gráfico ficaria mais ou menos assim:


Enquanto o valor do relógio estiver menor do que R$ 100 teremos o lucro do Prêmio. Porém a partir do momento que ele ultrapassa R$ 110 começo a ter prejuízo e a reta tende ao infinito. Quanto maior o preço do relógio no mercado, mais caro pagarei (tendo que entregá-lo pelos R$ 100 acordados).

UFA!!! Quanta coisa!!! Chega por hoje... Minha dica é tentar entender o mecanismo dessa operação. Os envolvidos no processo, quais seus direitos e deveres, valores, etc. Depois para transformar estes conceitos para o mercado é a mesmíssima coisa. Ao invés do relógio, pense em um lote de Petrobrás (100 ações), funciona igualzinho.

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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Bolsa de Valores - Mercado à Vista (Custos)

Seguindo a linha dos outros investimentos, vamos abordar todos os custos envolvidos para operações no mercado à vista.
           
  1. Taxa de Custódia: Ela funciona como uma taxa de administração mensal de conta corrente bancária. Se você tiver uma ou dez mil ações na carteira, o valor será o mesmo variando somente de corretora para corretora. Há quem até não cobre este valor dependendo do tamanho da carteira, quantidade de ordens executadas no mês, etc...;

Neste caso o Trader paga menos pois enquanto o acumulador de ações vai ter este gasto mensal, o Trader que não ficar nenhum dia do mês com papel em carteira, não pagará.

  1. Corretagens: A segunda é a corretagem onde comparativamente com as operações bancárias, seriam a mesma coisa que as taxas cobradas para executar um DOC ou TED. Para cada ordem de compra ou venda, é cobrado um valor estipulado pela corretora (fixo ou de acordo com o volume da operação), sendo que este valor e o modo de cobrança também variam de corretora para corretora;

Aqui já invertemos a posição. O acumulador de ativos vai gastar pela compra do papel, enquanto que o Trader vai gastar na compra e na venda (comprando e vendendo no mesmo dia, irá pagar duas corretagens).

  1. Emolumentos e ISS: São cobrados em cada nota de corretagem sobre a quantidade de operações realizadas no dia. São porcentagens fixas recolhidas pela própria Bolsa (a corretora não tem nada a ver com esta cobrança e por isso não é possível negociar este valor), mas ele é irrisório, corresponde a menos de 0,5% do volume operado.

O Trader paga mais pois opera mais. Vejam que eles são cobrados por ordem.

  1. Imposto de Renda – Compra Normal: Se as vendas efetuadas no mês não ultrapassarem o valor de R$ 20.000 (vinte mil reais), você não recolhe imposto. Caso as vendas dentro do mês ultrapassem este montante, é recolhido na fonte 0,005%. Ainda, se estas vendas de R$ 20.000 geraram lucro, você tem de recolher 15% em cima do ganho líquido.

Ex: Você comprou R$ 15.000 em PETR4 dia 15/07. No dia 20/07 você as vende por R$ 21.000 (houve uma forte alta). Você pagou para cada operação uma corretagem de R$ 10,00 (compra + venda = R$ 10 + R$ 10 = R$ 20).
Cálculo do recolhimento do IR: R$ 21.000 – R$ 15.000 – R$ 20 = R$ 5.980,00

Subtraímos o valor de venda pelo valor de compra e abatemos os custos (corretagens) envolvidos na operação (R$ 20) perfazendo um total de R$ 5.980. Como a Bolsa já recolheu 0,005% em cima dos R$ 21.000 (R$ 1,50), temos de recolher ainda os 15% em cima do lucro líquido: R$ 5.980 * 15% = R$ 897.

Colocando numa tabelinha as operações:


Obs: Você pode abater os 0,005% já retidos dos 15% que irá recolher, porém como o resultado é 14,995% não vejo muita necessidade de complicar os cálculos.


  1. Imposto de Renda – Day-Trade: O recolhimento para Day-Trade é diferente e mais pesado. Para todo e qualquer Day-Trade, é recolhido na fonte 1% sobre o ganho e o investidor deve ainda recolher 19% para que alcance os 20% exigidos por lei.

Levando em conta o mesmo caso anterior:



            O IR Retido passa de R$ 1,50 para R$ 59,80 (R$ 5.980 x 1%), bem como você deverá recolher R$ 1.136 ao invés dos R$ 897.

PS: este IR é de responsabilidade do investidor e deve ser recolhido via DARF informando o código 6015:




Compensação de Perdas

Imaginemos que você vendeu mais de R$ 20.000 dentro do mês e que foi retido os R$ 1,00 (20.000 * 0,005%) só que você teve prejuízo ao invés de lucro. Este prejuízo pode ser usado para abater futuros ganhos diminuindo a base de cálculo e pagando menos imposto. Mas vou explicar isto com muito mais calma lá para frente, já temos informações demais.

Abraços!!!

Resumão

Investimento: Mercado a Vista (Bolsa de Valores)
Tipo de Aplicação: Renda Variável
Grau de Liquidez: Baixo
Impostos:
  1. Operações Normais: Acima de 20.000 retidos 0,005% em cima do volume. Caso tenha tido lucro na operação, recolher mais 14,995% em cima do ganho líquido.
  2. Operações Day-Trade: Retido 1% em cima do ganho líquido mais recolhimento de 19% em cima do ganho líquido.
Custos: Taxa de Custódia Mensal (caso tenha algum ativo em carteira), Corretagem por operação (fixa ou por volume de acordo com corretora) e Emolumentos e ISS (custos fixos recolhidos pela Bolsa, menos de 0,5% em cima do volume operado).


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Bolsa de Valores - Mercado à Vista (Liquidação)

Um ponto importantíssimo de ser mencionado é a maneira como funciona a liquidação da negociação do ativo.

Cada compra ou venda efetivados demora três dias para liquidar. Ou seja, se comprarmos um ativo hoje, o mesmo só estará disponível para nós em 3 dias ÚTEIS.
           

O cronograma de liquidação segue a ordem:



Esse é o procedimento da Bovespa!!
Assim que você efetua a compra, o ativo só estará efetivamente disponível em sua carteira (em sua conta) em D+3, assim como o dinheiro só será entregue em D+3.

Esta é a cara do Fundamentalista, compra o ativo para guardá-lo em sua carteira e esperará tranquilamente os 3 dias úteis para recebê-lo.


Day-Trade
Há uma outra maneira de operar no mercado à Vista sem esperar a liquidação do ativo, é fazer um Day-Trade. Como o próprio nome já diz, o Day-Trade consiste em comprar e vender o mesmo ativo no mesmo dia.

Raciocinando...
Se compramos um ativo hoje e o vendemos hoje também a lógica seria a de receber o mesmo daqui a três dias, porém também entregar o mesmo daqui a três dias. Ou seja, como vou receber e entregar o ativo simultaneamente daqui três dias? É ilógico.

Exemplo para facilitar o entendimento:

O investidor A vende BB por R$ 28,25. O Trader 1 compra o papel por R$ 28,25, vê que ele subiu para R$ 28,55 e resolve vender. Quem compra é o Trader 2 que verifica que o papel subiu para R$ 28,75  e também resolve vender, só que desta vez quem compra é o investidor B que paga R$ 28,75 no papel.



Em D3 o investidor A entregará o papel para o investidor B e B pagará o ativo para A. Tanto o Trader 1 quanto o Trader 2 foram apenas intermediadores e não fazem parte da negociação final.

Esta operação é mais a cara do Grafista que fica analisando possibilidades de altas rápidas no mercado (de preferência no dia) e que assim que sobe, vende.

Vou parar por aqui, no próximo trataremos dos custos envolvidos. Com eles creio que já começaremos a ir tomando uma direção (Fundamentalista x Grafista).

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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Bolsa de Valores - Mercado à Vista (Como operam os investidores)

Tendo em mente que no Mercado à Vista o preço das ações é caracterizado pelo conceito de Oferta x Demanda, iremos analisar como se portam os investidores (Fundamentalistas x Grafistas):


FUNDAMENTALISTA

Ele é o cara que analisa a empresa, que verifica se ela é realmente séria e se está sempre crescendo. Em função disso ele não se importa com as variações dos preços de suas ações pois quanto menor a cotação das mesmas, mais ações novas ele consegue adquirir e quanto maior sua cotação estiver, maior é o seu patrimônio.

Exemplificando...


A linha em PRETO demonstra o preço justo da ação, representa o real valor da ação em função de quanto vale a empresa toda. A linha em AZUL representa a variação dela na bolsa. 

Então a empresa sempre esteve boa, porém há épocas que ela é supervalorizada (OGX extrairá 10 milhões/barris por dia daqui dois anos) e épocas que é desvalorizada (Eike Batista quebrou!).

O Fundamentalista é o cara que se preocupa com a linha em PRETO. Ele quer saber se ela é uma crescente e quer saber como ela estará daqui 10, 15, 20 anos. A linha em AZUL tende a ir ficando cada vez mais próxima da de preto com o passar do tempo. Ela não interfere na análise que ele faz nem nas suas perspectivas.

Classifico ele como o cara romântico, aquele que quer um relacionamento de longo prazo, ter filhos, construir um patrimônio juntos.


GRAFISTA

Para ele não há preço justo da ação, mas sim quando vai “porrar” e quando vai “derreter“. Ele analisa o gráfico para prever uma possibilidade do mercado subir ou cair. Além disso ele tem de estar conectado 24 hs no mercado e SEMPRE que montar uma operação precisa saber quanto pode ganhar ou perder.

Ele analisa possíveis pontos para entrar e sair do mercado...


No caso do gráfico, ele enxerga por meio de suas análises que há uma possibilidade do mercado subir a partir do ponto 1 e resolve montar uma operação de compra. Confirmando o movimento previsto, ele faz uma análise de saída e vê que em 2 é a brecha que existe. Caso toda esta operação se confirme, ele conseguiu fazer um Trade Vencedor. Analisou o fluxo do mercado, a relação de Risco x Retorno, teve a confirmação e executou as operações nos momentos certos.

Ao contrário do Romântico, ele não está nem aí para a empresa, só quer “ficar” com ela e depois contar para os amigos quantas ele pegou na última semana.

Só um lembretezinho de leve.....

NUNCA HÁ A GARANTIA DE QUE O MERCADO FARÁ ESTE MOVIMENTO PREVISTO!!! O TRADER BOM É AQUELE QUE DE 10 OPERAÇÕES, ERRA 8 E SOMENTE NAS 2 QUE ACERTAR RECUPERA TODO O PREJUÍZO E TIRA O LUCRO.

Desculpem a caixa alta negritada, mas é que já saí de alguns cursos de Análise Gráfica com o sentimento: “Poutz, é muito fácil ganhar dinheiro na bolsa!!” Não sei como as pessoas não conseguem”. - E as coisas não são assim não!


Mais um alerta: como o Mercado à Vista é ditado pela relação Oferta x Demanda, é essencial que saibamos que há profissionais com muitos anos de experiência que conhecem muitas artimanhas. Uma delas é estudar fluxos de compra e venda onde eles verificam quem está comprando/ vendendo muito e com isso conseguem prever futuras desovas/ recompras de determinados papéis.

Não quero causar pânico em ninguém. Só quero tentar municiar todos com o máximo de informações e possibilidades possíveis. Típico pensamento: “Se prepare para o pior, mas espere o melhor”.


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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Bolsa de Valores - Mercado à Vista

Na bolsa de valores existem basicamente quatro tipos de mercados e o primeiro que iremos analisar é o à Vista, onde o preço do ativo é determinado como numa negociação qualquer de compra e venda.


As negociações de preço são determinadas pela relação oferta x demanda que possuem normalmente a característica de quanto maior a quantidade ofertada, mais barato o preço fica (não existe demanda para absorver tudo que está sendo vendido). O inverso também ocorre, quando há muita gente querendo comprar e não há oferta suficiente, cria-se a lei do “quem pagar mais, leva”.

Retomando a história de nossa barraquinha de Hot-Dog na frente da facu.

Só existe a sua barraquinha e por isso você consegue deixar o preço de venda de R$ 3,50.

De repente abrem mais 3 barraquinhas fazendo concorrência à sua, colocando como preço final os valores de R$ 3,30 , R$ 3,20 e R$ 3,10.

Chegamos então à duas conclusões:


1ª Demanda era maior que oferta e por isso valor era alto;
2ª Quando houve a concorrência a oferta se sobrepôs à demanda e com isso o preço caiu.

No mercado funciona mais ou menos assim, pois os preços variam de acordo com a última negociação realizada. Se alguém quis vender um ativo por 10 e outro alguém pagou, ele vale 10 naquele exato momento. Porém se logo em seguida alguém quis vender por 9 e outro alguém topou pagar isso, o ativo acabou de valer somente 9.

Para operar bem no à vista leva um tempo (chutaria algo em torno de um a dois anos, dependendo do empenho, dedicação e acompanhamento do mercado). Só com ele dá para ficar rico, é só procurar histórias de bilionários que enriqueceram na bolsa.... 

Não importa de jeito algum quanto você pagou o ativo, mas sim quanto ele vale agora. 

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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Tipos de Investidor - qual o seu perfil?

Para iniciar seus investimentos em Bolsa de Valores você precisa se conhecer para saber até onde seu emocional pode ou não ser influenciável. Visto isso vamos classificar os investidores em dois segmentos:

1º CONSERVADORES



Este é o Investidor de Longo Prazo (LP) e não está nem um pouco preocupado com as variações de mercado. Ele é o cara que utiliza a Bolsa como Previdência buscando um rendimento gratificante num prazo de 20 anos ou mais.
Ele só compra ações de empresas sólidas que apresentem fortes bases em suas áreas de atuação, bem como alta lucratividade, e com ótimas perspectivas de crescimento.
Importante: Ele compra todo mês um valor fixo

2º AGRESSIVOS



Já o Agressivo é o oposto ao extremo pois pensa no Curto Prazo (CP) e usa o mercado como se fosse um jogo. É uma diversão estar conectados todos os dias tentando buscar oportunidades que paguem a cervejinha do fim de semana.
Eles são como soldados dentro da trincheira no campo de batalha: colocam a cabeça para fora, dão um tiro e voltam rapidamente para o buraco.
Este cara tem de estar ligado no mercado e no mundo e obrigatoriamente deve possuir estratégias para assumir prejuízos (enquanto ainda estão pequenos). Ele precisa possuir planos A, B e C e colocá-los em prática assim que surja o primeiro sinal de que as coisas não saíram conforme o seu planejamento inicial.


Os dois tipos de investidores são bem definidos dentro das escolas de análises:

FUNDAMENTALISTA


O Conservador está totalmente ligado ao Fundamentalista pois ele analisa a saúde financeira da empresa (aumento de lucratividade, porcentagem destinada à investimentos, resultados trimestrais/ anuais). Por isso ele não se importa se a ação está sendo subavaliada. Na verdade ele adora quando isso ocorre pois ele acaba comprando ativos de uma ótima empresa por um preço de banana.

GRAFISTA



O Agressivo é mais ligado ao Grafista que tenta, por meio de análises gráficas, médias e tendências, encontrar ativos que possuam potencial de se valorizar em um curto espaço de tempo. Estes caras devem entrar no mercado sabendo muito bem o Risco x Retorno (quanto pode perder x quanto pode ganhar) de cada operação que forem montar, além de possuírem um alto controle emocional.

Exemplificando os conceitos em nosso carrinho de Dog...

Fundamentalista: Um amigo seu que queira entrar como sócio no seu negócio de venda de hot-dog na frente da faculdade porque conta quantos clientes passam por ali diariamente e acredita no potencial de crescimento do negócio. Ele está interessado na evolução da empresa.

Grafista: Este amigo vem com a conversinha de virar sócio, mas faz isso em uma época de jogos na faculdade (muito mais pessoas frequentando a barraquinha e comprando hot-dogs). Quando os mesmos terminam ele pula fora (tentou pegar a tendência de alta daquele período e depois sair).

NÃO PULE ETAPAS!!!

Peço licença para relembrar dois posts meus (Não pule Etapas! e Risco x Retorno) que se complementam e são importantíssimos neste momento de início sobre as operações em Bolsa de Valores. Escrevo isso pois a partir do próximo post começaremos a abordar os tipos de Mercado dentro da bolsa e, assim como a vida, recomendo que façamos isso devagar e sem pular de um nível para o outro.

Qual a ordem normal do Ser Humano em sua evolução?



A gente nasce e começa a engatinhar, às vezes o bracinho não aguenta sustentar aquele cabeção e caímos. Com o tempo as perninhas ficam firmes e conseguimos ficar em pé sozinhos, porém ainda não temos tanto senso de equilíbrio e  vira e mexe tomamos um tombinho. Depois de termos a capacidade "andar" impregnada em nós passamos a dificultar um pouco mais as coisas, como correr por exemplo.

Qual o tamanho da dor em cada etapa? O bebê está muito próximo do chão e locomovendo-se lentamente, sua dor é praticamente nula. Um tropicão na calçada já faz um estrago maior pois "quanto maior a altura, maior a queda", sem contar que nossa velocidade já é consideravelmente maior. Cair correndo então nem se fale! Vamos nos esfolar, vai sair sangue, vai doer, vai inchar, etc.!

A mesma relação se aplica à investir em Bolsa de Valores. Lembrem-se que desde que você nasce até que começa a correr, leva muito tempo!!!


A partir do momento que o corpo já é ágil, forte e consegue responder com satisfação às ordens emitidas pelo cérebro, buscamos o algo mais....
 


Pular, andar de bicicleta, pular de bicicleta... O Retorno que estas atividades dão (adrenalina) é muito maior que o simples “andar”, porém como sempre, o Risco é muito maior.

NUNCA PULE ETAPAS!!!

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Resumo de Investimentos

Vamos deixar mais claro o grau de risco, os impostos incidentes, o grau de liquidez e as possibilidades de retorno de cada investimento.

Partindo do mais conservador ao mais agressivo:

Poupança
Tipo de Aplicação: Renda Fixa
Porcentagem: 70% tx SELIC + TR.
Grau de Liquidez: Muito alto
Impostos: Isento


CDB – Certificado de Depósito Bancário
Tipo de Aplicação: Renda Fixa
Grau de Liquidez: Alto
Impostos: IR e, para resgate abaixo de 29 dias, IOF


Tesouro Direto (Títulos Públicos)
Tipo de Aplicação: Renda Fixa
Grau de Liquidez: Médio
Impostos: IR e, para resgate abaixo de 29 dias, IOF.
Custos: 0,30% a.a. sobre o valor do investimento (taxa custódia BM&FBovespa) e mais uma taxa anual da Instituição.
Forma de Negociação:
- Compras em lotes de 0,1 (valor mínimo de R$ 30 por operação e máximo de R$ 1 milhão por mês)
- Vendas somente no período das 9hs da 4ª feira até às 17hs da 5ª feira
Detalhe Importante: A taxa só é garantida se o investidor ficar com o título até sua data de vencimento, caso contrário, receberá o valor de mercado do mesmo (podendo ter prejuízo na operação).
1. Tipos de Títulos:
1.1. Letra do Tesouro Nacional - LTN
            Prefixado / Sem cupom / Resgate será de 1.000
1.2. Nota do Tesouro Nacional F – NTNF
            Prefixado / Com cupom / Resgate será de 1.000
1.3. Letra Financeira do Tesouro Nacional – LFT
            Pós Fixado / Sem cupom / Indexado à Selic (atualizado diariamente)
1.4. Nota do Tesouro Nacional B – NTN-B
            Flutuante / Com cupom / %a.a. fixo + IPCA (atualizado diariamente)


Previdência Privada
Tipo de Aplicação: Renda Fixa / Variável
Grau de Liquidez: Médio
Custos: Taxa de Administração e Taxa de Carregamento
IR
1. VGBL
Durante o período de contribuição o principal está isento de tributação sobre os rendimentos, sendo que somente incidirá IR no momento do resgate e em cima dos rendimentos ganhos.
2. PGBL
Ele é mais indicado para quem declara IR completo pois pode-se abater 12% da contribuição anual.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ações - Ibovespa

O IBOVESPA, que é tão comentado, é um indicador da Bolsa de Valores de São Paulo sendo o mais importante e o mais acompanhado pois engloba as ações que juntas representam mais de 80% do volume negociado.

Ele é formado a partir de uma aplicação imaginária, em Reais, em uma quantidade teórica de ações (carteira) e sua finalidade básica é justamente esta: servir como indicador médio do comportamento do mercado, ser um termômetro dele.

A ideia é simples, é como se alguém tivesse comprado diversas ações e formado uma carteira. Esta carteira é conservadora (só temos ações de primeira linha*) e é acompanhada a evolução diariamente (sempre comparativamente com o dia anterior).

            
*Ações de Primeira Linha: São empresas que possuem sólido posicionamento no mercado, além de possuírem muito boa liquidez nas negociações dentro da bolsa (sempre tem alguém querendo comprar e alguém querendo vender).

Se no jornal aparece que o Ibovespa caiu 2%, significa dizer que esta carteira de ativos desvalorizou 2% em relação ao dia anterior. Se ele fala que no ano apresenta um ganho de 80%, esta valorização é em relação ao valor que o índice se encontrava no último dia do ano anterior.



Entendendo seu mecanismo...

O Ibovespa é medido em pontos, sendo estes formados por 73 ativos (data consulta: 12/09/2013) que correspondem a mais de 80% do volume total negociado em bolsa. Como as ações que fazem parte dessa carteira têm grande representatividade, podemos dizer que se a maioria delas estiver subindo, o mercado, medido pelo Índice Bovespa, está em alta, e se estiver caindo, está em baixa.

 Uma observação importante: cada ativo tem um peso dentro do índice (Vale do Rio Doce é a que tem mais peso representando 8,197% do total enquanto a Usiminas ON é a que tem o menor com 0,181%). Isso nos ajuda a enxergar que se o IBOVESPA fechou em queda, não necessariamente as ações que você tem também fecharam.

Este é o principal índice porém temos um monte listado em bolsa que podem ser acompanhados. Listo abaixo três desta relação:

IBrX = Índice Brasil é um índice de preços que mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 ações selecionadas entre as mais negociadas na BOVESPA, em termos de número de negócios e volume financeiro.

ISE = O Índice de Sustentabilidade Empresarial busca criar um ambiente de investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável da sociedade contemporânea e estimular a responsabilidade ética das corporações.

IDIV = O Índice Dividendos BM&FBOVESPA tem por objetivo oferecer uma visão segmentada do mercado acionário, medindo o comportamento das ações das empresas que se destacaram em termos de remuneração dos investidores, sob a forma de dividendos e juros sobre o capital próprio.

Para quem tiver interesse de ver quais ativos fazem parte do índice, como é calculado, qual a representatividade de cada um, etc, segue o link:


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