quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Desabafo de Eike Batista - “O Brasil como prioridade: ontem, hoje e sempre”



Eike Batista publicou um desabafo-resposta a todo o mercado no dia 19/07 comentando sobre todo o turbilhão que suas vidas pessoal e empresarial vieram sofrendo ao longo destes últimos dias. Não adianta comprarmos a versão da mídia e não ouvirmos o outro lado da moeda. Por isso nada mais justo que, após publicar um post massacrando as empresas X, um post ouvindo o que Eike tem a dizer.


Ele iniciou seu empreendedorismo no início dos anos 80 no garimpo da Amazônia e passou por grandes maus bocados! (Imaginem o que é se aventurar na Amazônia? Agora imaginem isso há 30 anos). Começou sua carreira em regiões de fronteira com enormes dificuldades desde como transportar equipamentos por ambientes hostis até surtos de malária que o obrigaram a substituir equipes inteiras de uma hora para outra.

Ele possui então um histórico de se deparar com adversidades e ultrapassá-las com muito esforço e suor, levando-o à um outro patamar de crescimento constante. Dito isso chegamos à OGX: 

Eike se cercou de algumas das melhores cabeças do mercado para conduzir este ambicioso negócio; experientes e competentes ao longo de décadas de serviços prestados às outras enormes companhias, eram pessoas reconhecidamente capacitadas em suas respectivas áreas de atuação. As expectativas em torno da OGX eram altíssimas. Constantes auditorias feitas pelas maiores agências de avaliação de risco do mundo nunca disseram o contrário e seu pessoal técnico corroborava tais afirmações.

Por ser uma companhia de capital aberto, ele é obrigado a informar ao mercado sobre quaisquer tipos de informações relevantes que venham (ou possam a vir) impactar o futuro da empresa. Com isso ele divulgava nota positiva atrás de nota positiva, respaldado por estas “grandes empresas reconhecidas mundialmente”.
Eike recebeu ofertas monstruosas para vender a OGX e não o fez, muito pelo contrário: investiu mais de um bilhão de dólares do próprio bolso em seu grande sonho. 

Conforme regulamentação, ele poderia ainda proceder à venda programada de 100 milhões de dólares por semestre (acumulando 5 bilhões de dólares ao longo destes anos) mas não o fez. Mesmo se tivesse feito todas estas vendas (e enchido o bolso mais ainda) continuaria sendo o controlador da companhia.

Nenhum investidor perdeu tanto dinheiro quanto ele, ele é o maior interessado nesta empresa. Este é o sonho dele e ele resolveu correr os riscos, o que acaba deixando-o inconformado com a ideia de que ele induziu alguém a investir num negócio de alto risco. O mercado que o analisou e depositou um alto grau de confiança neste projeto devido à relação: vitorioso histórico de Eike unido + “bambambans do mercado petrolífero”.




Sempre mirando negócios de alto risco com possibilidades de retornos gigantescos, este é o lema que vem acompanhando Eike ao longo destes grandes anos vitoriosos. Ele sempre agiu assim e não mudou sua postura com a OGX. Mercado de petróleo = alto risco, possibilidades de ganho = altíssimas. O problema  é que os investidores olharam somente para as possibilidades (certezas) de ganho, não levando em conta os riscos envolvidos na atividade.

O grande arrependimento de Eike na história toda com a OGX é o de ter captado recursos através do mercado acionário. Se pudesse voltar no tempo, ele teria estruturado Private Equity (tipo de atividade financeira realizada por instituições que investem essencialmente em empresas que ainda não são listadas em bolsa de valores, com o objetivo de alavancar seu desenvolvimento). Com isso ele buscaria estruturar cada uma das empresas do conglomerado por pelo menos 10 anos, todas permanecendo com seus capitais fechados até o momento que ele sentisse que havia chegado o momento de entrar na bolsa.

Se uma cai....



Estas três acabaram "pagando o pato"em consequência da quebra de confiança que a OGX apresentou. Isso porque as mesmas não estão no mesmo patamar de início que a OGX, elas já encontram-se operantes com diversas possibilidades de Faturamento. O grosso viria da OGX? Sim, mas não quer dizer que as mesmas estejam condenadas.

Eike investiu pesadamente do próprio bolso em cada uma das companhias. Ele, mais do que ninguém, acreditou (e ainda acredita) neste sonho. Ele é parceiro do Brasil e prioriza o conceito de deixar um legado ao país investindo recursos próprios em ativos que contribuem para toda a sociedade, pagando até o último centavo de cada dívida contraída. 

Em sua concepção ele está contribuindo assim para um Brasil mais competitivo, estruturado logisticamente e capaz de proporcionar um futuro melhor à população.

Foi preciso somente uma “mancada” dele – a OGX – para que todo o grupo X perdesse toda a credibilidade, contaminando toxicamente as outras empresas saudáveis do conglomerado. Ele sempre buscou o melhor para todos da maneira mais íntegra possível.

Milhares de milhões de reais foram investidos por Eike nos últimos anos em áreas que deveriam ser de responsabilidade dos governos. Simplesmente porque ele é assim e acredita muito neste país.

Suas empresas estão sendo reestruturadas – principalmente OGX e OSX – para que possam a vir figurar como grandes competidores em cada mercado de atuação. Com seus 57 anos, afirma que está com muita energia e que sua carreira empresarial está longe de figurar o obituário.

Honrarei todos os meus compromissos. Não deixarei de pagar um único centavo de cada dívida que contraí.”

Para quem quiser conferir na íntegra o desabafo de Eike: http://oglobo.globo.com/economia/o-brasil-como-prioridade-ontem-hoje-sempre-9095456


Money For Investment
www.m4i.com.br

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Eike Batista – Entendendo a Cadeia de Empresas

Com a MMX, empresa de mineração, Eike conseguiu se firmar no cenário brasileiro como um grande empresário de sucesso. Sempre fazendo negócios – comprando uma empresa aqui, vendendo uma fatia de outra ali, investindo em máquinas – ele adquiriu o patamar de Rei Midas. Tudo que ele tocava virava ouro, literalmente. Cada nova investida rendia ótimos frutos aumentando ainda mais sua já gorda riqueza (e seu já mega status).

Em 2007 vendeu uma fatia da MMX para a Anglo American - um conglomerado mundial monstruoso nesta área de atuação – pela bagatela de U$ 5,5 Bilhões! Neste momento ele se tornou o homem mais rico do Brasil!


Em 2008 abriu o capital da recém criada OGX – empresa petrolífera que tinha o objetivo de fazer frente à Petrobrás – no mercado acionário e arrecadou mais R$ 6 Bilhões!



Nesta altura ele possuía uma fortuna avaliada em mais de R$ 15 Bilhões! E não parou por aí, ele tentou verticalizar todo o processo que sua já atuante MMX fazia, e que a OGX viria a fazer, controlando desde o maquinário utilizado para as respectivas extrações até a energia necessária para extraí-los.

Vamos devagar e com desenhos para entender toda a engenhoca...

A MMX precisa de um porto para escoar a produção, por isso Eike cria a LLX (empresa de logística com o objetivo de suprir esta parte do processo) onde ele estará pagando para ele mesmo por um serviço que ele é obrigado a contratar:




Mineradoras e portos precisam de energia e como o Eike já possuía a MPX (termelétrica), ficou claro o papel dela dentro do processo:




Para gerar energia na Termelétrica necessita-se comprar carvão e adivinhem só??? O Eike possuía a CCX, uma companhia de mineração de carvão que alimentaria a MPX:



Agora entramos com a OGX...
Eike resolveu ter sua petrolífera para brigar com a Petrobrás. Como terá as mesmas despesas de Logística e de Energia, coloca a LLX e a MPX na parada novamente. Não se percam! O Fluxo fica assim:




A OGX precisa de um fornecedor de equipamentos de perfuração e de plataformas marítimas, com isso Eike traz a OSX para cuidar desta parte do processo:




E onde instalar o Estaleiro da OSX???? Uma dica: precisamos de um porto....
 SIM!!!! Olhaí a LLX trabalhando de novo!!



PUTAQUEOPARIUQUESQUEMALINDODAPORRA!!!!!
Isso é que é visão! Isso é que é entender todo o processo! Isso é que é transformar custos em receita! Isso que é empresário, o resto é conversa!
Só faltou ele criar uma empresa que fabricasse e vendesse empregados para todas as outras. (rs)

O mercado comprou esta (puta) ideia da hora! E para cada empresa aberta na bolsa ele arrecadou bilhões de reais, o que o transformou no homem mais rico do Brasil (com uma larga distância para o 2º colocado) e o 8º mais rico do mundo possuindo uma fortuna avaliada em U$ 34 BILHÕES!!!!

Vamos raciocinar... o cara criou um ecossistema onde uma empresa fatura em cima dos custos da outra, fazendo com que o dinheiro não “escape” para fornecedores externos. Isso pois, ele conseguiu analisar todo o processo e trazê-lo para si, fazendo com que cada gasto gerado voltasse para o Conglomerado EBX por meio de outra empresa.

Uma ideia fantástica que comprou o coração dos ávidos investidores. Viram que ideia está em negrito? Porque quero ressaltar que os lucros só acontecem se a operação estiver trabalhando da maneira que foi prevista, gerando o faturamento que foi projetado.



Infelizmente quando foi colocado em prática, este esquema não funcionou (até o momento) pois as únicas empresas que captariam dinheiro de fora seriam a MMX e a OGX. As demais não tendo “vida própria” (seriam alimentadas por estes dois motores) já que viveriam de acordo com as necessidades dessas duas citadas.

Principais causas (dentre outras) da derrocada...
A China (maior importador de minérios do mundo) fechou as portas e parou de importar com tamanha avidez fazendo com que as vendas e o faturamento da MMX despencassem.
Com isso ela não teria necessidade de produzir tanto minério assim, por consequência não precisaria gastar com energia (já que a produção estaria parada) e nem precisaria pagar para alguém escoar sua produção. Então o sistema começa a falhar da seguinte maneira:


A LLX deixa de faturar com o escoamento da produção da MMX e a MPX deixa de faturar com o fornecimento de energia para a MMX. Porém a LLX ainda receberá pelo escoamento da produção da OGX e pelo aluguel da OSX. E a MPX receberá pela energia fornecida para a LLX e para a OGX.

Acontece que não havia tanto petróleo assim nos poços que a OGX veio arrematando nos leilões nos últimos anos, essa é uma informação que não agrada nem um pouco aos investidores....

Sem retirar a quantidade esperada de barris/dia, a OGX não precisará de logística para escoar sua produção, nem de energia para seu funcionamento e não terá dinheiro para pagar pelos equipamentos de perfuração adquiridos.

Com isso, os “faturamentos certos” de LLX e OSX vão para o vinagre pois eles viriam das despesas que a OGX teria com sua produção (que não existe):




Estão sentindo o drama? A ideia de faturar em cima dos custos da outra empresa, e manter este dinheiro dentro do conglomerado, é linda! Desde que as empresas por captar estes recursos realmente faturem! 

Acho que vocês já adivinharam né? Como a MPX não terá faturamento pois não fornecerá energia para MMX, OGX e LLX, ela não precisará do carvão da CCX, é aí que é batido o último prego do caixão:



Não queria um monte de “X”??? Então pronto, um montão!


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Eike Batista - Evolução da OGX na Bolsa

Em 13 de Junho de 2008 tinha início as negociações das ações da OGX, empresa criada pelo empresário Eike Batista, com alta de 8,31% ao término do primeiro pregão de sua existência. Antes disso, ela já causava frisson no mercado com a captação de 6,7 BILHÕES DE REAIS no seu IPO (Oferta Pública Inicial de Ações), o maior de toda a história da bolsa!

Por quê tudo isso?
Quando a OGX foi criada, Eike contratou geólogos e empresas conceituadas para analisar e escolher os melhores blocos de exploração (arrematou 21 dos 23 blocos leiloados ao final de 2007), contratou o ex-presidente da BR Distribuidora e o ex-presidente da Petrobrás para compor o corpo diretivo.

Equiparado ao rei Midas – onde tudo que tocava se transformava em ouro – Eike caiu de paraquedas neste mercado desconhecido com as maiores expectativas possíveis depositadas sobre seus ombros, devido ao seu vasto histórico de sucesso.

Com esta imagem de “o Eike ficará mais rico ainda e eu vou ficar rico junto”, milhares de investidores descarregaram este caminhão de dinheiro em suas mãos, fazendo com que a OGX entrasse no mercado acionário brasileiro como uma gigante (ela era avaliada em 36,5 bilhões de reais nesta época, muito maior que empresas monstruosas já atuantes em seus respectivos setores).

Pensemos agora... chega um cara com um histórico enorme de sucessos, contratando grandes nomes do mercado na área e adquirindo ótimos blocos de exploração (como definiram na época). Os que acreditaram e confiaram seu “rico dinheirinho” nas mãos da OGX, pensaram que a relação Eike + dinheiro + mercado de petróleo = MUITO dinheiro era tão nítida quanto a fórmula 2 + 2 = 4.


Agora é muito fácil dizer que a OGX foi para o buraco, que o Eike é o Sr Power Point e ficar fazendo piadinha que o “coitado precisa de ajuda”.



“Abre aspas para minha opinião pessoal...

Não estou aqui defendendo o cara, longe de mim! Nesta época eu já trabalhava em corretora de valores (inclusive participei da apresentação da OGX quando ela ia abrir o capital para o mercado lá na BM&FBovespa!! Bela merda!) e lembro muito bem da excitação de todos. Os operadores loucos da vida querendo participar, os fóruns de mercado borbulhando com especulações, a mídia bombardeando a todos com matérias ultra otimistas.

Eu, sendo um cara mega desconfiado pensei: “poxa, a empresa do cara não está nem funcionando! Ele não tem receita! Como está o mundo inteiro entregando de bandeja o dinheiro suado na mão dele acreditando em uma aposta?”

No final não participei do IPO e fiquei quietinho com minhas Petrobrás e Vale.

Termina o primeiro pregão com mais de 8% de alta da OGX! Não passa nem um mês até que chega a crise do 2º semestre de 2008 que derrubou todo mundo, e a OGX foi junto. Mas logo no começo de 2009 ela começou uma subida maravilhosa e, mês a mês, seus ganhos eram absurdamente altos.


OGX saiu de R$ 3 no final de 2008 para quase R$ 20 no final de 2010.

Nesta época eu me questionei muito, será que eu não estava sendo muito conservador? Será que eu estava tão cego assim a ponto de não enxergar o negocião que esta ação era? Não me considerava um especialista mas também não era um burrão. Não era possível que só eu estava enxergando que não valia a pena.

Peguei o balanço da empresa e para minha surpresa ela havia registrado um lucro líquido de R$ 359,9 MILHÕES DE REAIS no exercício de 2008. Isso mesmo! Ela havia gerado mais de 300 milhões de lucro!!!!

“Catzo”, como ela alcançou esta lucratividade? Ela ainda não explora nenhum poço! Aí fui ver o X da questão! Eram R$ 359,9 milhões de reais de lucros em aplicações financeiras. Ou seja, todos os R$ 6,7 bilhões de reais captados naquele ano ainda estavam parados no banco rendendo juros! Façam a conta, foi um lucro de 5% em relação ao “capital investido” (poupança rendia 6% sem risco).

Com essa informação voltei à minha realidade. Esta empresa era somente pura especulação. A alta expressiva que ela demonstrou em 2009 era baseada simplesmente em.... NADA! Nada no presente, só possibilidades futuras. Eu queria continuar fora desta onda. Continuava não acreditando nesta empresa, continuava acreditando que o único rico da história seria o Eike.

Fecha aspas para minha opinião pessoal...”

Bom, aí a empresa continuou subindo até registrar, em Outubro de 2010, a maior alta de todos os tempos. Depois ela caiu forte até meados de 2011, porém recuperou muito terreno perdido até o início de 2012.


OGX caiu de R$ 23 (máxima histórica) para R$ 10, mas se recuperou até R$ 18 no início de 2012

Após este início promissor, as coisas desandaram de vez e ela despencou para o menor nível desde a sua abertura lá em 2008. Antes considerada uma ação forte com alto volume, incorporada aos diversos tipos de análise, hoje se encontra jogada às traças...

Início, Meio e... o atual momento da empresa. Chegou ser negociada em R$ 23, hoje vale R$ 0,72

Esta foi a evolução da OGX na bolsa de valores de São Paulo desde a sua abertura até os dias de hoje. Uma ação de uma empresa que ainda não existe, que ainda não gera caixa, que vive somente de "grandes possibilidades futuras".

Exploraremos ainda as ideias que Eike Batista teve para alavancar seu negócio (como cada empresa sua iria contribuir para o crescimento da outra), seus erros e acertos e sua “resposta ao mercado e aos investidores”. Continuem ligados!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Previdência Privada – VGBL x PGBL

Independente da quantidade de planos de previdência que existam no mercado, acabamos sempre nos deparando com duas linhas:

1º VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre

No VGBL você acumula recursos para o futuro, podendo ser resgatados na forma de renda mensal ou pagamento único;
Durante o período de contribuição o principal está isento de tributação sobre os rendimentos, sendo que somente incidirá IR no momento do resgate e em cima dos rendimentos ganhos;
Possui taxa de administração e taxa de carregamento.

2º PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre

No PGBL você acumula recursos para receber rendas a partir de uma data escolhida;
Ele é mais indicado para quem declara IR completo pois pode-se abater até 12% da contribuição anual;
Possui taxa de administração e taxa de carregamento.





Para uma explicação melhor sobre Taxa de Carregamento, segue reportagem da infomoney.com.br:

“A taxa de carregamento é definida em termos percentuais e incide sobre todas as contribuições que você efetuar a um plano de previdência. Enquanto a taxa de administração tem como objetivo compensar o gestor pelo seu trabalho gerindo os recursos do fundo, a taxa de carregamento busca compensar a instituição financeira pelas suas despesas com corretagem e venda do plano.

Para entender melhor o porquê desta cobrança, é importante ressaltar que os planos de previdência são produtos mais sofisticados do que os fundos de investimento. Por quê? Simples.

Ao contrário dos fundos, em que não é preciso se preocupar com a forma como o resgate será efetuado, já que esta é uma decisão do investidor, nos planos de previdência, na maioria das vezes, esse resgate se dá na forma de uma renda mensal, que pode ser transferida a um beneficiário.

Na prática, isso exige uma análise da sua expectativa de vida, do risco de transferência de renda para os beneficiários etc. Tudo isso exige sistemas mais sofisticados e uma equipe de vendas mais preparada. São estas despesas que a taxa de carregamento procura cobrir.”


Não vou me estender em Previdência Privada pois, apesar de termos sempre estas duas linhas (VGBL e PGBL) as instituições disponibilizam infinitas possibilidades de rendimento cabendo a cada um encontrar o que melhor o satisfaz, e nunca se esquecendo de se informar sobre as taxas e custos embutidos nas entrelinhas (bem como os impostos).

Resumão:

Investimento: Previdência Privada
Tipo de Aplicação: Renda Fixa / Variável
Grau de Liquidez: Médio
Custos: Taxa de Administração e Taxa de Carregamento
IR
1. VGBL
Durante o período de contribuição o principal está isento de tributação sobre os rendimentos, sendo que somente incidirá IR no momento do resgate e em cima dos rendimentos ganhos.
2. PGBL
Ele é mais indicado para quem declara IR completo pois pode-se abater 12% da contribuição anual.

Money For Investment
www.m4i.com.br


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Previdência Privada – Entenda para que serve

Previdência Privada para mim é uma necessidade que a população possui devido à falta de apoio que o governo proporciona no momento de nossa aposentadoria. Uma afirmação muito revoltada esta minha?? Então pensemos.... Por que fazemos uma previdência complementar se temos a previdência social? Não é uma ação contraditória adquirir um serviço que já nos é fornecido gratuitamente? (assim como um plano de saúde, escola particular, carro próprio para ir trabalhar.... não vou entrar nestes outros méritos... rs).

Pois bem, a triste realidade é que a Previdência Social está falida e não dá conta de pagar todos que estão no momento da vida de usufruir daquele benefício contribuído ao longo de todo o tempo de serviço. Isso pois ela foi criada com um modelo de vida antigo onde as pessoas viviam menos e contribuíam mais. Ao longo de todos estes anos o processo se inverteu, as pessoas passaram a se aposentar mais cedo e a viver muito mais.

A lógica é a seguinte: existe uma ferramenta chamada "Tábua de Mortalidade" que serve para calcular a expectativa de vida do indivíduo. Lá pelos anos 1930, quando foi criada a previdência social que conhecemos hoje, a maior expectativa de vida era na região SUL onde esperava-se que o indivíduo viveria até os 50 anos de idade. Soma-se a isso a estrutura familiar deste período onde um casal tinham 4 ou 5 filhos.
(fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI150472-EI306,00-Diferenca+de+expectativa+de+vida+entre+regioes+cai.html)

Então implanta-se uma estrutura de previdência social onde as pessoas viveriam até 50 anos (ou seja usufruiriam muito pouco do benefício acumulado pelo tempo de serviço pois morreriam depressa) e para cada dois aposentados (pai e mãe) teríamos 4 ou 5 trabalhadores ativos (filhos do casal).

 80 anos depois a situação se alterou pois, além da expectativa de vida ter aumentado para 72 anos, a estrutura familiar mudou drasticamente.
Agora a pessoa começa a trabalhar com 20 anos, se aposenta com 55 e possui ainda quase 20 anos para usufruir aquilo que contribuiu em 30 anos. E mais, não há mais 4 ou 5 trabalhadores ativos para cada dois aposentados pois o casal hoje em dia tem um filho, dois quem sabe... quando ele tem o terceiro filho é chamado de louco.

Deduzimos então que as pessoas usufruem do benefício pelo mesmo (ou mais) tempo que contribuíram durante seu período ativo. Ademais, não há uma base maior de trabalhadores sustentando o cume de aposentados (esta figura se inverteu passando a apresentar uma base estreita com um cume largo).



Toda esta explicação histórica para alertá-los sobre o por quê não devemos depender da previdência social! A Previdência Complementar chega para justamente preencher esta lacuna e ela se torna uma alternativa muito interessante para pessoas que não tem como (ou não tem interesse de ) aprender sobre investimentos.

O plano de previdência complementar veio para "cuidar das suas finanças no Longo Prazo" pois você terá que destinar recursos mensais à instituição que o administra. Esta instituição aplicará taxa de juros neste capital aplicado para que você possa resgatar o benefício lá na frente.

E como estas instituições aplicam taxa de juros em cima do seu montante? Da mesma maneira que você faria sozinho.... ações, Tesouro Direto, renda fixa, fundos, etc... depende da característica do plano. Por isso recomendo fazer uma Previdência Privada somente se você não possuir disciplina e/ou conhecimento para investir em suas próprias forças.

*** pensamento importante: "Ninguém é mais interessado no seu dinheiro do que VOCÊ!"***

Independente do local onde seu dinheiro será alocado, você tem de saber qual a sua estratégia! Você quer investir mensalmente por x anos para resgatar tudo de uma vez? Ou prefere resgatar mensalmente um valor pré-determinado? Qual o valor que você busca alcançar lá na frente? Ou qual o valor que você pretende aplicar mensalmente?

Hoje existem milhares de produtos nas prateleiras destas instituições, o que resta é você escolher aquele ao qual se sente mais confortável. Segue dois exemplos dessa imensidão de possibilidades:

1º Um "plano A" que irá proporcionar R$ 300.000 após 20 anos de contribuições mensais no valor de R$ 1.000.


2º Um "plano B" com a mesma contribuição de R$ 1.000 durante 20 anos que proporcionará um rendimento mensal de R$ 2.500 pelos 10 anos subsequentes à contribuição.



Estas são somente duas possibilidades dentro deste oceano de alternativas. Você pode escolher um plano que invista uma parte dos recursos em renda variável ou que acompanhe algum índice de mercado, pode aumentar/ diminuir os aportes no meio do caminho ou simplesmente nunca alterá-los.

Uma ressalva importantíssima: incidem impostos, taxas de administração e taxas de carregamento nestes planos de previdência complementar. Para melhor exemplificar, deixarei para o próximo post os tipos de planos bem como seus custos.

Money For Investment
www.m4i.com.br

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Tipos de Ativo - Tesouro Direto 3/3 (Como comprar e vender?)

Vamos às compras!!!

Para comprar Títulos Públicos, nós - pessoas físicas - devemos fazê-lo via Tesouro Direto (TD), que nada mais é do que um site destinado à comprar e vender os mesmos.
Nele é possível verificar os títulos disponíveis para se comprar, suas características (como prazos e valores) e entender mais a fundo esta modalidade de investimento.

Você encontrará algo assim:


Onde:

Tipo - é a definição do Título;
Título - é a descrição do Título (Tipo + Data de Vencimento);
Data de Vencimento - até quando o Título estará em vigor;
Indexador - A maneira a qual o Título é remunerado, seja por uma taxa pré-fixada, seja por um índice, seja por ambos;
Taxa de Juros (% ao ano) - a porcentagem que o título receberá de remuneração anual
Preço de 1 Título - o preço de compra de um título (pode-se fracionar a compra em até 0,1)

Ex: Imagine que você tenha R$ 3.000 e quer comprar um título atrelado à variação da Taxa Selic. Você faz a conta (quanto você tem/preço de um título ou 3.000/5.705,78) e vê que consegue comprar 0,5 LFT070317.

Uma observação: neste caso a taxa de juros aparece negativa, isso se deve ao fato do preço que está sendo negociado no mercado naquele momento for maior do que ele vale. Por quê isso? Se você comprar um título e vendê-lo no meio do caminho, poderá perder dinheiro se a negociação não for favorável ao vendedor naquele momento. Por isso que deve-se aplicar em títulos o dinheiro de longo prazo, pois somente carregando-o até o vencimento é que o Tesouro Nacional garantirá o rendimento:

A taxa de compra é garantida se o investidor ficar com o título até sua data de vencimento. Caso opte pela venda antecipada do seu título, o investidor receberá o valor de mercado do mesmo.
(http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/consulta_titulos_novosite/download/Entenda_tabela.pdf)

Com a Selic e os outros indexadores funciona igual. Se algum deles for caindo ano a ano (como vem acontecendo com a Selic por exemplo), você receberá o rendimento de cada ano (um ano que a Selic estava em 10%, recebe os 10%, no outro ela cai para 9% e você recebe os 9%) até a data do vencimento do título.

Mas se você preferir vender no meio do caminho, a oferta pode ser maior que a demanda e o preço de venda cair, aí você poderá perder dinheiro.

Para comprar tesouro direto, você deve possuir uma conta em um agente de custódia (alguma corretora da bolsa de valores que opere títulos, conforme citado no post anterior).

As compras podem ser feitas a qualquer momento, o título fica disponível no próximo dia útil em sua conta.

Para maiores informações oriento entrar no site do Tesouro Direto:



Os posts do Tesouro Direto são complementares, por isso oriento que sejam lidos os 3 na ordem de postagem:

Tipos de Ativo - Tesouro Direto 1/3 (Regras do Jogo)




Money For Investment
www.m4i.com.br

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Tipos de Ativo - Tesouro Direto 2/3 (Tipos de Títulos)

Após entendermos aspectos importantes do funcionamento do mercado de Títulos Públicos como as taxas e tributos que incidem nas operações, as quantidades de compra e a liquidez nas vendas, passemos à etapa de conhecer os tipos de Títulos disponíveis no mercado:

1. Prefixados

Letra do Tesouro Nacional - LTN

- Vencem todo dia 1º no início do trimestre;
- Não tem cupom;
- Principal do vencimento é igual a R$ 1.000

Este tipo de título sempre terá vencimento ou em 1º de Julho ou em 1º de Janeiro de cada ano. (verificar vencimentos no site do Tesouro). Não paga valores intermediários (você recebe todo o valor só no vencimento). O valor final é sempre R$ 1.000, você acaba pagando a diferença de quanto irá render (ex: Você compra um título por R$ 910 com taxa de 10% a.a. e vencimento em um ano: 910 + 10% = 1000).

Este título é indicado para quem já quer firmar o quanto irá render o mesmo. Eles costumam ter rentabilidade acima da SELIC e não se esqueçam do principal: Juros Compostos!!! Se um LTN tem vencimento para daqui 3 anos, ele irá render 10%a.a. em cima de todo o montante que estiver aplicado (Principal + Juros do ano anterior).

Nota do Tesouro Nacional F – NTNF

- Tem cupom anual pago semestralmente (10% a.a)
- Principal do vencimento é igual a R$ 1.000

Ele paga valores intermediários (a cada semestre é pago o valor dos juros – todo 01/01 e 01/07). O valor final é sempre R$ 1.000, você acaba pagando a diferença de quanto irá render até o final mais os cupons.
Mesma coisa que o LTN com a diferença que é pago cupom semestralmente. Isso não me agrada pois é um IR maior que você vai pagando nestas retiradas (vide tabela decrescente de IR) além do seu montante ir diminuindo e os juros compostos serem praticamente neutralizados.




2. Pós Fixados

Aqui você corre o risco da variação do índice no ano. O bom é que se por exemplo a Selic se manter estável, o título vai sendo “inflado” dia a dia.

Letra Financeira do Tesouro Nacional – LFT

- São emitidos e vencem em dias previamente escolhidos (pelo Tesouro);
- Principal na emissão igual a R$ 1.000 atualizado diariamente pela Taxa Selic (traduzindo, ele vai custar uns R$ 4.000 contra os R$ 950 dos prefixados).

Você compra este título e ele vai rendendo diariamente o valor da Taxa Selic.

3. Flutuantes

Os flutuantes considero os títulos que tentam fazer um “Meio aliche, meio calabresa” onde eles mesclam uma remuneração fixa de aproximadamente o que a poupança estiver pagando mais um indexador.
Eles meio que garantem a poupança e te dão um plus, indexam à algum indicador (correndo o risco de logicamente o mesmo não render o esperado no ano).


Nota do Tesouro Nacional B – NTN-B

- São emitidos e vencem todo dia 15 do mês;
- Tem cupom anual pago semestralmente (6% a.a);
- Principal na emissão igual a R$ 1.000 corrigido todo dia 15 pela variação do IPCA do mês anterior.

Ele paga valores intermediários (a cada semestre é pago o valor dos juros). O valor inicial é R$ 1.000 mais atualização do IPCA até hoje. Você paga o valor que ele vale hoje e deixa ir rendendo IPCA em cima do montante.

Nota do Tesouro Nacional B – NTN-B PRINCIPAL

A única diferença do NTN-B Principal para o NTN-B é que o Principal não paga cupom. Ele se torna muito atraente então pois possibilita que você tenha um rendimento fixo garantido mais a variação do IPCA sem tirar valor dele semestralmente, você só resgatará tudo no final.

Muita informação né? Mas não se desespere! Na verdade o que interessa mesmo é sempre qual a sua estratégia? Títulos Prefixados tem a remuneração fixa e você não terá surpresas no final, só lembrando que a garantia da remuneração se dá somente ao término do prazo do título.
Títulos Pós Fixados são atrelados à variação de algum índice, são “inflados” diariamente. Títulos Flutuantes é a mescla dos dois: uma taxa (menor) prefixada mais rendimento de algum índice.


Resumão:

Investimento: Tesouro Direto (Títulos Públicos)
Tipo de Aplicação: Renda Fixa
Grau de Liquidez: Médio
Impostos: IR e, para resgate abaixo de 29 dias, IOF
Custos: 0,10% sobre o valor da negociação, 0,30%a.a. sobre o valor do investimento e mais uma taxa anual de custódia. As duas primeiras são obrigatórias cobradas pela própria CBLC, a segunda varia de corretora para corretora.
Forma de Negociação:
- Compras em lotes de 0,2 (valor mínimo de R$ 200 e máximo de R$ 400.000)
- Vendas somente no período das 9hs da 4ª feira até às 17hs da 5ª feira
Detalhe Importante: A taxa só é garantida se o investidor ficar com o título até sua data de vencimento, caso contrário, receberá o valor de mercado do mesmo (podendo ter prejuízo na operação).
1. Tipos de Títulos:
1.1. Letra do Tesouro Nacional - LTN
            Prefixado / Sem cupom / Resgate será de 1.000
1.2. Nota do Tesouro Nacional F – NTNF
            Prefixado / Com cupom / Resgate será de 1.000
1.3. Letra Financeira do Tesouro Nacional – LFT
            Pós Fixado / Sem cupom / Indexado à Selic (atualizado diariamente)
1.4. Nota do Tesouro Nacional B – NTN-B
            Flutuante / Com cupom / %a.a. fixo + IPCA (atualizado diariamente)

Money For Investment
www.m4i.com.br

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Tipos de Ativo - Tesouro Direto 1/3 (Regras do Jogo)

Tesouro Direto (TD) trata-se de uma modalidade de investimento muito diferente do que o brasileiro está acostumado. Por não haver disponibilidade deles no banco com o gerente de nossa conta, é uma opção pouco procurada, já que temos que nos cadastrarmos em uma corretora de títulos e valores mobiliários e entendermos como ele funciona.

Visto esta "complexidade" de entendimento em relação aos básicos Poupança e CDB, dividirei o assunto em três posts: Regras do Jogo, Tipos de Títulos e Como comprar e vender.

REGRAS DO JOGO

O Tesouro Direto é uma aplicação em Títulos Públicos. E Títulos Públicos são emitidos pela União, Estados e Municípios, que representam a dívida dos mesmos, com o intuito de arrecadar dinheiro. Como ninguém emprestará dinheiro sem nada em troca (pelo menos não deveriam), os mesmos receberão taxas de juros anuais que capitalizarão o valor aplicado. Ao término da vigência, você resgata o seu dinheiro corrigido de acordo com a regra do título adquirido.

Simplificando...
O governo precisa de grana e pede para a população. As pessoas sabem quanto rende a Poupança, que praticamente apresenta risco zero, por isso exigem uma remuneração maior. Senão elas preferem deixar o dinheiro parado lá no banco com a gerente.

O que o governo faz então? Cria títulos com diversas características: opções de remuneração, de prazos, de resgates, etc, aquele ao qual melhor se ajustará às nossas necessidades. Eles basicamente dividem-se em dois grandes grupos: Os Pré-Fixados onde o valor do resgate é pré-determinado no momento da aquisição do mesmo ou os Pós-Fixados onde a rentabilidade é atrelada à algum tipo de índice.

Ademais, os títulos podem pagar cupom ou não. (cupom é um valor normalmente pago semestralmente em cima do valor total aplicado do título). É "vendida" uma parte do mesmo e entregue o dinheiro ao investidor, com isso o valor final vai diminuindo conforme o pagamento dos cupons vão ocorrendo.

Características de Negociação

Os títulos são negociados em frações de 0,1, ou seja, você consegue comprar 10% de um título. O mesmo possui limites de compra, sendo o mínimo R$ 30,00 (por operação) e máximo de R$ 1 milhão por mês.
Ex: se você comprar 0,1 de um título que custa R$ 950, irá pagar R$ 95. Bem como, o somatório de suas aquisições dentro do mês, englobando todos os títulos comprados, não pode ultrapassar o valor de R$ 1 milhão.

Taxas: são cobradas duas no Tesouro Direto, uma pela BM&FBovespa e uma pela Instituição Financeira. A BM&FBovespa cobra uma taxa de custódia de 0,30% a.a. sobre o valor dos títulos e referem-se aos serviços de guarda dos mesmos, informações e movimentações dos saldos.
A Instituição Financeira cobra livremente um valor pactuado com o investidor, podendo ser anual ou por operação. (segue lista com o Ranking das taxas cobradas pelas corretoras: http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/consulta_titulos_novosite/consulta_ranking.asp)

Impostos: Mesma regrinha do CDB:

IR



Fora o IR, você tem o Imposto sobre Operação Financeira (IOF) que é cobrado sobre o rendimento nos resgates ocorridos nos primeiros 29 dias a partir da data da aplicação. Para resgates efetuados após os 29 primeiros dias não há incidência de IOF. As alíquotas seguem a tabela decrescente abaixo:

IOF

Venda: Detalhe importante!!! Eles tem menos liquidez do que poupança e CDB. O Tesouro faz recompras semanas e por isso somente podem ser vendidos das 9hs da 4ª feira até às 17hs da 5ª feira.
Observação mega importante: O título é negociado pelo valor do dia, ou em outras palavras, se o valor de compra estiver menor do que o que você pagou, ele estará valendo menos. De uma forma geral a taxa só é garantida se o investidor ficar com o título até sua data de vencimento, caso contrário, receberá o valor de mercado do mesmo.

Por hora vamos parar por aqui.... Estas regrinhas (forma de negociação, tributos e taxas cobradas) tem que estar bem claras. No próximo post mostraremos os tipos de títulos e suas características.


Resumão:

Investimento: Tesouro Direto (Títulos Públicos)
Tipo de Aplicação: Renda Fixa
Grau de Liquidez: Médio
Impostos: IR e, para resgate abaixo de 29 dias, IOF.
Custos: 0,30% a.a. sobre o valor do investimento (taxa custódia BM&FBovespa) e mais uma taxa anual da Instituição.
Forma de Negociação:
- Compras em lotes de 0,1 (valor mínimo de R$ 30 por operação e máximo de R$ 1 milhão por mês)
- Vendas somente no período das 9hs da 4ª feira até às 17hs da 5ª feira
Detalhe Importante: A taxa só é garantida se o investidor ficar com o título até sua data de vencimento, caso contrário, receberá o valor de mercado do mesmo (podendo ter prejuízo na operação).

Money For Investment
www.m4i.com.br

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Tipos de Ativo - CDBs

Certificado de Depósito Bancário é outra maneira que os bancos criaram de captar recursos. Eles emitem títulos que são vendidos aos clientes e, em determinada data eles o "recomprarão de volta" pagando uma parcela de juros em cima do capital aplicado.



As principais modalidades de Certificado de Depósito Bancário são:

CDB - Pré-fixado

Os CDBs pré-fixados são títulos que não têm prazo mínimo, não podendo ter o seu vencimento em sábados, domingos, ou feriados. A rentabilidade destes títulos é determinada na hora da aplicação, e portanto, você saberá previamente o quanto irá receber no vencimento. Nos momentos de crise, com tendência à queda das taxas de juros, os bancos darão preferência à captação de recursos em CDB pré-fixado de prazo longo.

CDB - Pós-fixado

Os CDBs pós-fixados podem ser oferecidos pelos bancos com ou sem liquidez diária, rendem de acordo com o desempenho de indicadores como os Certificados de Depósito Interbancário (CDI) ou a Taxa de Referência (TR). Estes títulos são populares em momentos onde existe perspectiva de aumento dos juros.

CDB - com Swap


Os CDBs com swap são títulos que podem ser negociados com remuneração pré-fixada ou pós-fixada de acordo com o desempenho de indicadores como Taxa Selic, taxa cambial ou CDI. Os montantes mínimos de investimento são superiores às modalidades anteriores, geralmente acima de R$ 100 mil.

Normalmente os CDBs tem valor mínimo inicial, porém ainda contam com o FGC – Fundo Garantidor de Créditos. Detalhe importante: o FGC garante a somatória dos seus investimentos em Poupança e CDB (R$ 250.000 no total e não de cada um -  fonte: http://www.bcb.gov.br/?FAQFGC e http://www.fgc.org.br/?ci_menu=20&conteudo=1).

Dependendo do tipo de CDB poderá ou não haver uma alta liquidez. Há alguns que através de um simples clique no mouse você já tem seu dinheiro disponível na conta corrente, outros porém é necessário pedir uma solicitação junto ao seu gerente e ainda esperar uns 2 dias úteis para ser resgatado. (ou seja, vamos entender certinho o que estamos contratando! Leia as regras do CDB como rentabilidade, aplicação mínima e resgate. Caso você ainda não se sinta confortável, contate o gerente ou abra um chamado junto ao banco).



As aplicações em CDB são consideradas Renda Fixa e por isso incidem cobrança de IR, sendo que quanto mais tempo deixar aplicado o valor menor será a alíquota de imposto. Segue a tabela abaixo:


IR



Fora o IR, você tem o Imposto sobre Operação Financeira (IOF) que é cobrado sobre o rendimento nos resgates ocorridos nos primeiros 29 dias a partir da data da aplicação. Para resgates efetuados após os 29 primeiros dias não há incidência de IOF. As alíquotas seguem a tabela decrescente abaixo:

IOF

***O CDB apresenta ainda taxas de administração da instituição que o oferece VERIFIQUE!!!***

Devido à cobrança de imposto, taxa de administração e uma liquidez menor, faça uma análise se realmente vale a pena investir no CDB ou ficar na Poupança. Às vezes o CDB funciona bem para quem for deixar o dinheiro aplicado por um longo período, caso já saiba da necessidade de retirada próxima, a Poupança pode ser um melhor investimento.

Resumão:

Investimento: CDB – Certificado de Depósito Bancário
Tipo de Aplicação: Renda Fixa
Grau de Liquidez: Alto

Impostos: IR e, para resgate abaixo de 29 dias, IOF


Money For Investment
www.m4i.com.br