terça-feira, 27 de setembro de 2016

CAPITALISMO OU FEUDALISMO?



   Uma ideia meio maluca me surgiu no momento que parei para analisar o modo como as pessoas se portam no modelo econômico atual e como é seu comportamento perante a sociedade nos dias de hoje.

   Tendo como base amigos de infância, familiares, estranhos desconhecidos e principalmente colegas de trabalho que tive ao longo da minha carreira profissional, cheguei à seguinte conclusão: 

Deixamos o Feudalismo! Mas o Feudalismo não nos deixou!

   Para entender as bases que sustentam tal argumentação, vamos primeiro definir o que significa Feudalismo em minha visão:

   Feudalismo foi um modelo muito difundido e usado durante a idade média onde um Senhor Feudal era dono de um (grande) pedaço de terra. A atividade econômica predominante nesta época era a agricultura e, como ele era dono deste marzão de terra, era o bambambam do pedaço.

   Para produzir alimentos e vendê-los, ele precisava de mão de obra (muito barata de preferência) para poder auferir grandes lucros com sua atividade. Porém, como a escravatura já tinha sido abolida, ele foi ao mercado “contratar” funcionários para o serviço.

   O contrato de trabalho da época consistia em trazer o cabra para dentro de suas terras e dar moradia e segurança, em contrapartida ele trabalharia para o Senhor Feudal ganhando um valor “XYZ” pelo serviço.

   O “pulo do gato” do Senhor Feudal é que neste momento ele cobrava um aluguel pela moradia e pela segurança. Fora isso o servo (funcionário) tinha de comprar alimentos para sua família e gastava o restante deste salário na vendinha da região (que era do Senhor Feudal também!).

   Com isso o servo estava sempre endividado e não conseguia se desvincular do Senhor Feudal pois, ora estava devendo grana para ele diretamente, ora estava devendo indiretamente. Acabava sendo um vinculo vitalício.

   Agora, o que isso tem a ver com nossos dias atuais? Analisando o comportamento das pessoas, pude reparar que o Ser Humano de uma maneira geral age da seguinte maneira:
   
   Estuda para poder ser alguém na vida (conseguir um trabalho e não ser taxado de vagabundo) e começa a trabalhar ganhando 100. Mas ele não tem gastos e por isso não sabe o que fazer com tanto dinheiro. Aí começa a se acostumar em gastar 20 num barzinho, 10 num cineminha, 30 numa roupa, etc...

   Chega um momento em que os 100 já são totalmente incorporados pelos gastos mensais e a pessoa começa a ver que não são mais suficientes para sustentar o estilo de vida que ela possui.
   
   Aí ela evolui profissionalmente e passa a ganhar 300. “Opa, agora sim! Os 100 não davam para nada, mas com 300 eu vou gastar os 100 e ainda guardar 200”. Só que nesta hora ela resolve comprar um carro e entrar em uma prestação de 120; os lugares que passa a frequentar são melhores também e as saídas começam a custar 40 num barzinho e 20 num cineminha (já dá para comprar pipoca).

   Quando menos se espera, os 300 já estão absorvidos no novo estilo de vida e passam a não ser suficientes para sustenta-la.

   De repente esta pessoa dá uma porrada na carreira e passa a ganhar 1000 (mais de 3 vezes o salário anterior). “Poutz, agora sim to lindão na fita! Posso torrar até 500 que ainda terei uma sobra maior do que o salário que eu recebia antes!”

   Huumm, será? Acho que não. Pois neste momento ela acha que deve trocar de carro porque “viver sem direção hidráulica e sem ar condicionado num carro motor 1.0 ninguém merece” e lá vai ela para uma prestação de 300. Tá na hora também de sair da casa dos pais e financiar um apto em suaves prestaçõezinhas de 400 num período de 35 anos. As saídas de fim de semana já custam 100 fácil para ir à um barzinho e 50 fácil num cineminha (pipoca, refrigerante, chocolate e alguma comprinha a mais no shopping).

“Meu salário não dá para nada!”

   PORRA!!! CALMAÍ!!! Esta pessoa saiu de 100 para 1000, dez vezes mais! Como não consegue guardar dinheiro? Que mal é este que faz com que ela ande sempre apertada não importando a quantidade de grana que entra?

   O que acontece é que ela transformou o seu gasto mensal indo de 120 para 1200 e aí sempre irá ficar com a corda no pescoço.

   Se a pessoa tem que trabalhar para pagar as dívidas (que ela adquiriu sozinha) e não pode nem pensar em perder este emprego com tantos benefícios mirabolantes, isso se deve ao fato do estilo de vida que ela criou para si e que não quer perdê-lo.


   Ora bolas, as dívidas e a necessidade de se manter no emprego ralando que nem um condenado continuam aí, a única diferença é que o salário não é destinado somente para um único Senhor Feudal, hoje temos vários.


segunda-feira, 19 de setembro de 2016

VOCÊ INVESTIRIA SEU DINHEIRO COM UM ROBÔ?




   O mercado financeiro sempre foi um verdadeiro mistério para a população. Inúmeros tipos de produtos de prateleira que possuem os mais variados riscos, retornos, incidência de impostos, liquidez... UFA!

   O conceito padrão de mercado sempre foi o de confiar no seu gerente do banco, pois ele está lá dentro e você faz parte da carteira dele. O problema começa a acontecer no momento que há um conflito de interesses, onde ele sofre uma pressão alta do banco para bater metas de vendas de produtos e acaba enfiando goela abaixo em clientes que não precisam ou não possuem o perfil indicado para tais produtos.

   Aí o cliente não fica satisfeito e no final do ano vê notícias que os bancos possuíram recorde de lucratividades. Isso é para deixar qualquer um puto da vida e perder totalmente a confiabilidade em tais instituições.

   Um bom exemplo que vejo acontecer é com uma tia minha que sempre me pede conselhos sobre onde investir quando alguma aplicação sua está para vencer. Ela possui uma conta de cliente especial e um consultor financeiro do próprio banco dedicado à sua necessidade.

   Há uns dois meses ela entrou em contato pedindo uma ajuda sobre qual caminho tomar, principalmente porque o clima político no Brasil estava (está) conturbado. O seu consultor financeiro especialista argumentava que ela deveria aplicar tais recursos em uma previdência privada pois, além de proporcionar um retorno ótimo, o IR seria menor.

   Na hora contra-argumentei que não há lógica alguma neste investimento para ela porque ela tem mais de 50 anos e uma estabilidade financeira adquirida ao longo de muitos anos de trabalho duro. Entrei no site do banco e analisei os produtos aos quais ela tinha possibilidade de investir e encontrei um fundo de renda fixa com baixa taxa de administração que daria à ela um rendimento de mais ou menos 1% ao mês, já descontados os impostos. Ela pediu para investir neste produto e o consultor não gostou muito.

   Esta historinha tem o intuito de ilustrar que muitas vezes há outros interesses por trás da indicação que a pessoa faz. Principalmente se haverá um impacto na performance dela perante seu empregador.

   Foi com este intuito de fugir de tais possíveis conflitos de interesses que o STOCKSPOT foi criado. Ele é uma ferramenta que irá analisar o seu perfil e indicar aonde investir (e investir para você!).

   O fundador Chris Brycki atuou como trader em grandes bancos de investimento e se destacou com os retornos obtidos em seus portfólios. Em 2013 criou o Stockspot para ajudar os australianos a tomarem a rédea de sua vida financeira.

   O programa consiste em você preencher um questionário com informações que ajudará o sistema a elaborar o seu perfil (qual seu grau de aversão à risco, por quanto tempo você quer investir, quais seus objetivos com o investimento, etc).






   Então após esta série de perguntas eles traçam o seu perfil e elaboram o portfólio mais indicado para você. É tudo muito visual, o sistema te mostra em gráfico onde e qual o percentual que será investido em cada um dos produtos:

   Na simulação que eu montei o portfólio foi definido que 37% devem ficar em Ações conservadoras da bolsa australiana, 8% em ações globais, 7% em ações de mercados emergentes (alto risco), 37% em bonds (como se fosse o tesouro direto) e 10% em ETFS (adrenalina na veia, muito risco!):




   Ele ainda monta uma previsão de retorno de acordo com o tempo de investimento que você definiu:



   Quanto de dividendos e rendimentos você receberá em dinheiro por ano:


   Você consegue ainda enxergar um gráfico histórico de cada um dos produtos indicados em seu portfólio:
 


    O gráfico abaixo eu achei sensacional, pois ele calcula qual o retorno que você teria em seu portfólio nos últimos anos. Podemos ver que ele teria um retorno acima de 18% em 1995 e uma perda entre 12% a 18% em 2008 (quando houve aquela crise financeira mundial iniciada com a quebra dos bancos norte-americanos):


    Um gráfico de risco que não diz nada:


   E os custos envolvidos:


   No final das contas este é um modelo interessante criado com o intuito de tentar auxiliar as pessoas a cuidarem melhor de seu dinheiro. E eles tentam entender o que você quer, achar produtos que o satisfaçam e investir neles para você.

   Minhas ressalvas são em três pontos principais que senti falta:

   Impostos envolvidos: Cada operação que gera um ganho financeiro terá tributação em cima do ganho. Cada produto possui um tipo de legislação com uma alíquota específica. Não encontrei nada no site falando sobre o quanto você tem de recolher ou se eles recolhem automaticamente para você. Se não o fizerem, você pode se enrolar pois as multas de não declaração destes ganhos podem gerar grandes valores e dores de cabeça.

   Liquidez dos produtos: Cada produto possui um tipo de liquidez, ainda mais quando falamos de produtos que não são da Austrália e que envolvem fuso-horários. Pelo que entendi este é um valor que você deve investir pelo prazo definido e não poderá mexer antes.

   Retorno do seu investimento: Em determinado momento das perguntas você tem de definir qual o retorno esperado para o período; e foi neste exato momento que eu pensei que os bancos brasileiros ainda são as melhores opções. 
   Explico: Qualquer banco possui um CDB ou um fundo de renda fixa que fará girar quase 1% ao mês de rendimento. Estou afirmando então que em um ano você consegue quase 12% de retorno aplicando em um banco sólido com um risco baixíssimo. 
   Se você analisar que este portfólio definido para o meu perfil me diz que nos últimos 5 anos a maior parte dos rendimentos ficou entre 0 e 6%, por que vou quebrar a cabeça sobre onde investir? Na pior das hipóteses consigo aplicar em uma poupança no Brasil com risco quase zero, sem incidência de imposto e que vai me gerar os mesmos 6%...

   O Stockspot é uma boa ideia, mas acho que é mais focado aos australianos que não possuem opções de rendimentos consideráveis. Ainda prefiro ficar com os CDBs, fundos e tesouro direto do Brasil. Ali eu conheço o risco, o retorno,  liquidez, a incidência de impostos e os custos.

   Aliás, este é um dos possíveis serviços que posso prestar. Analisar o perfil da pessoa e encontrar no próprio banco a qual ela possui conta, produtos que venham trazer rendimentos mais significativos para que ela possa alcançar seus objetivos.

   Entrego um relatório com as explicações sobre a análise e sobre os produtos escolhidos, bem como uma projeção financeira de rendimentos:


 

 





    Um abraço e até a próxima!

terça-feira, 13 de setembro de 2016

POR QUE EU REALMENTE DEIXEI O BRASIL




   Um tempo atrás compartilhei um post no grupo chamado "Como a classe média alta brasileira é escrava do 'alto padrão' dos supérfluos" e para minha surpresa ele teve uma repercussão enorme. Além das centenas de "likes" houve muitos comentários tanto positivos apoiando a ideia, quanto negativos achando um absurdo.

   O post falava sobre um casal em visita à filha que mora na Inglaterra e que ficaram surpreendidos ao colocarem na ponta do lápis os gastos que eles tiveram lá, pois verificaram que mesmo com a conversão de moedas o custo mensal deles no Brasil era muito superior. E o mais incrível é que eles fizeram muitas viagens Europa afora e desfrutaram da gastronomia de cada local.

   A filha então (autora do post) foi esclarecendo ponto a ponto o por que os pais conseguiram fazer mais coisas do que no Brasil e gastando menos. Os principais argumentos foram voltados à questão de levar uma vida mais simplista, sem exagerar nos luxos no seu dia a dia. Foram citadas algumas situações como "você lavar, secar e passar sua própria roupa", "não ficar trocando de carro (se você tiver um carro)", "possuir móveis simples em uma casa pequena" e por aí vai.

   No final do post ela diz que os pais remodelaram o estilo de vida deles no Brasil e que conseguiram baixar bastante os gastos que eles possuíam, verificando serem muito supérfluos para sua vida.

   Conversei em casa sobre o post com minha esposa (sobre a repercussão que estava tomando) e até ela me comentou algo do tipo "não sei porque você colocou que fugiu do Brasil por causa disso, a gente não tinha estes luxos lá". Foi então depois desta conversa e de ler todos os comentários que pensei em explicar melhor o que eu senti sobre o post.

   Minha família possuía uma vida confortável lá no Brasil. Ralamos muito tanto no trabalho quanto nos estudos para alcançar um conforto financeiro. Não tínhamos empregada em casa e nem carro luxuoso, mas conseguíamos pagar escolas aos nossos filhos - que aos nossos olhos eram boas - e manter um padrão de conforto como sair para comer algo fora no fim de semana e ter sempre uma cervejinha na geladeira.

   O que aconteceu foi que em determinado momento de nossas vidas enxergamos que aquele life style não fazia mais sentido para nós. Eu não queria pagar uma ótima escola para meu filho ir fazer faculdade nas universidades que a meu ver não proporcionavam mais uma educação que o faria desenvolvê-lo. Não queria mais passar por tentativas de assalto com os bandidos apontando a arma para meu carro, com toda a família dentro enquanto eu acelerava torcendo para ele não disparar. Não queria ter que pagar impostos altíssimos para não ter quase nenhum retorno em benfeitorias (afinal eu tinha que pagar plano de saúde, escola, carro, gasolina, seguros). Tudo isso sem contar que trabalhávamos demais, ficávamos pouco com os filhos e sempre tínhamos a sensação de que não alcançávamos um poder de compra satisfatório de acordo com o nosso esforço.

   Quando tivemos o contato com Perth lá do Brasil ainda, ficamos radiantes com a possibilidade de viver em um local onde teríamos um retorno maior de todos estes pontos, em um ambiente mais propício para viver (aos nossos olhos).

   E o engraçado é que ao chegarmos aqui e começarmos a vivenciar o dia a dia, ficamos muito satisfeitos com o que encontramos. Perth está longe de não possuir problemas, temos assaltos aqui, temos defasagens educacionais e econômicas, temos altos impostos. Mas aqui os assaltos são exceção e não a rotina, há muitos professores que amam o que fazem e ganham bem para fazê-lo, o governo tem cortado privilégios de citizens com o intuito de equilibrar as contas e manter um futuro financeiro mais saudável e temos altos impostos que são repassados em benfeitorias aos moradores.

   Eu era gerente financeiro no Brasil, hoje recomecei minha carreira descendo vários degraus. Mas eu não troquei um emprego por outro. EU TROQUEI UMA VIDA POR OUTRA! Passo muito mais tempo com meus filhos. O mais velho pode ir de bicicleta ou patinete (que foram adquiridos por valores baixos) à escola. Você consegue manter uma vida confortável (e a cervejinha na geladeira, rs) trabalhando em um 'sub-emprego' (??) que na verdade é mais um emprego tão importante quanto qualquer outro. Aliás, Perth fez cair meu pré-conceito sobre sub-empregos e você vê que a única constância aqui é a diferença.

   Enquanto no Brasil vejo uma briga sem fim sobre direitos igualitários para raças, sexos, religiões, etc, aqui eu estudo e trabalho com homens, mulheres, gays, negros, brancas, indianos, chineses, italianos, australianos, muçulmanos, cristãos, espíritas.... Na verdade enxergo que convivo com SERES HUMANOS, cada qual com sua cultura e seus costumes.

   Então sobre aquele post, o meu entendimento foi o de deixar uma vida pré-programada para trás e se aventurar no desconhecido trilhando seu próprio caminho e tirando suas próprias conclusões com o que vier pela frente.

   Eu quis compartilhá-lo, pois ele me deu forças de saber que para mim a escolha que eu fiz foi a correta. E por que considero-a correta? Porque ela me faz feliz até hoje.

   Independente de como era a sua vida no Brasil, o importante é como ela esta sendo vivida agora!

   É isso o que eu tinha para falar..
   
   Abraços!

domingo, 4 de setembro de 2016

$$$ TOPA TUDO POR DINHEIRO! $$$


QUEM QUER DINHEIROOOO???

   Afinal de contas por que você precisa de dinheiro? Já parou para se fazer esta pergunta? Somos condicionados a estudar para poder adquirir conhecimento, que nos levará à um estágio em alguma empresa, que nos dará a oportunidade de ser efetivado e iniciar uma carreira, que nos ajudará a ganhar mais dinheiro com o nosso trabalho e esforço diários... UFA!

   Mas afinal... para que?

   Temos alguns cenários possíveis de serem explorados tais como por exemplo ir trabalhar para ajudar as contas de casa que não fecham ou poder pagar os estudos, já que os pais infelizmente não vão conseguir bancar. Outro cenário é daquele garoto (a) que não precisa trabalhar, pois nasceu em uma família com uma condição um pouco melhor que conseguirá proporcionar um conforto maior para estudar, mas vai trabalhar para ganhar seu dinheiro e bancar suas "saídas".

   Passada esta fase inicial para qualquer um destes personagens entramos naquela rotina de 'Trabalho-Casa' e então nos encontramos em um momento financeiro na vida onde é possível comprar um celular melhor, sair com maior frequência, comprar roupas, viajar, enfim fazer o que bem entender.

   Para que tudo isso ocorra precisamos de dinheiro! Estas coisas não caem do céu, o modelo econômico ao qual vivemos no Brasil e que vivenciamos hoje aqui na Austrália funciona desta maneira onde você tem que trabalhar e ganhar seu dinheiro se quiser fazer/ gastar/ comprar coisas.

   Temos então que ir trabalhar para adquirir dinheiro que poderá ser trocado por bens de consumo que desejamos. Ilustrando temos o seguinte:


   Tem lógica este ciclo, correto? Dedicamos nosso tempo para fazer algo. Este algo será retribuído com dinheiro. E este dinheiro nos possibilitará comprar aquele celular que queríamos há tempos, fazer aquela viagem que sonhamos e adquirir aquela casa que namoramos por anos.

   Eis que de repente me pego fazendo uma nova suposição:

   Quanto mais eu trabalho, mais eu ganho. Quanto mais eu estudo, maior fica meu salário. Quanto mais eu me dedico, maior é meu rendimento.

   Então começo a focar em estudos (fazer faculdade, pós-graduação, mestrado, cursos de especialização, outra língua), a me dedicar mais ao trabalho (tentar fazer além daquilo que a minha função pede, entregar um algo a mais ao empregador) e a aumentar minha jornada de trabalho (afinal empregado bom é aquele que entra às 7:00 da manhã e sai depois das 8:00 da noite).

   E realmente nossos rendimentos aumentam. Nosso salário melhora e começamos a possuir  um maior poder aquisitivo.

   Este é o primeiro ponto que me chama a atenção, quer dizer, que o Paralamas do Sucesso nos chamou a atenção...


   "Eu acordo pra trabalhar,
    Eu vivo pra trabalhar,
    Eu morro pra trabalhar."


   Mas então qual a lógica? Só adquiro bens de consumo e faço viagens se eu trabalhar. Quanto mais eu trabalho, mais eu ganho. Mas se eu trabalhar mais eu não vou viver.

   Foi pensando neste ciclo todo que comecei a me questionar para que serve o dinheiro.

   O dinheiro foi criado em nossa sociedade para facilitar o acesso de todos aos diversos bens de consumo. Se eu produzo batatas só posso comer batatas ou trocar minhas batatas com o produtor de cenouras se ele quiser comer batatas. O dinheiro me ajudou a vender minhas batatas, guardar este dinheiro e trocá-lo por aquilo que eu quero comer.

   Se você parar para analisar com cuidado vai enxergar que o dinheiro, tanto neste exemplo das batatas quanto no exemplo lá de cima sobre os bens de consumo, é usado como MEIO para adquirir um FIM.





   O grande problema é quando nos perdemos no meio do caminho e não definimos qual é o fim que queremos com o dinheiro. É o momento que fazemos a roda girar dia a dia para adquirir mais e mais dinheiro, pois ele é o que nos proporcionará a adquirir aqueles maravilhosos bens de consumo. Quais bens? Não sei, depois eu vejo o que eu quero. A prioridade é ter o dinheiro.

   Neste momento nós distorcemos o real conceito ao qual ele foi criado. Nós tiramos o "romantismo" da ideia e a vulgarizamos. Nós literalmente colocamos o dinheiro como FIM e não como MEIO.



   Como fugir desta armadilha então? Defina os seus sonhos e objetivos. Muitas vezes você verá que eles não necessitam tanto esforço e trabalho para atingi-los. Ou se precisarem de muito esforço, você saberá que haverá um tempo determinado ao qual este esforço deverá ser realizado. Não ficaremos mais presos no girar de roda sem saber ao certo quando parar


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   Abraços!