terça-feira, 30 de julho de 2013

Tipos de Ativo - Poupança

No último post, tratamos sobre os diferentes fluxos de caixa focando no Fluxo de Caixa dos Ricos. Conforme citado, os ricos investem seus salários/ rendimentos em ativos que irão gerar mais rendimentos que serão investidos em mais ativos que gerarão mais rendimentos que investirão em mais ativos, etc, etc, etc, etc.....

Mas o que são estes ativos? Na minha concepção é todo e qualquer produto/ serviço que gere um retorno financeiro, independente do tamanho dos juros gerados.

Partindo desse princípio, iniciaremos as explicações dos ativos mais conservadores e que apresentam menor risco - porém com alta liquidez - até os mais arriscados com baixa liquidez, porém com possibilidades de grandes retornos.

O mais conservador que existe é a POUPANÇA! Ela é o mais tradicional de todos os investimentos e basicamente consiste em uma conta de depósito que vai recebendo créditos periódicos. Os bancos se utilizam deste tipo de investimento simples para adquirir capital e efetuar empréstimos a taxas mais altas. O lucro dele então é a diferença da taxa alta que ele recebe para a taxa baixa que ele te paga (estes empréstimos que ele faz para os clientes podem ser financiamentos, cheque especial, empréstimos em folha, adiantamento de 13º, etc...).

*** CURIOSIDADE: Já parou para pensar que se todos os clientes resgatarem todas as aplicações ao mesmo tempo, o banco quebra? Ele não possui todo o dinheiro disponível e abre concordata! Pior, se as pessoas que pegaram empréstimo com ele não tiverem como saldar suas dívidas, ele não tem como repassar os recursos aos seus clientes e quebra da mesma maneira. Só para deixar marcado, a crise do SubPrime em 2008 nos EUA foi isso. Muitos financiamentos de imóveis sendo feitos sem o controle efetivo do risco gerou uma falta de caixa para os bancos saldarem as suas dívidas.***



Mas não fique desesperado pois há um negócio chamado FGC – Fundo Garantidor de Créditos, regulamentado pelo Banco Central, onde garante até R$ 250.000 (duzentos e cinquenta mil reais) por CPF.    (fonte: http://www.bcb.gov.br/?FAQFGC e http://www.fgc.org.br/?ci_menu=20&conteudo=1)

A poupança é um investimento de Renda Fixa (onde você já sabe quanto irá receber de juros). Pela regra antiga, ela capitalizava a aplicação em 0,5% a.m. mais a atualização da Taxa Referencial (este é um cálculo maluco e que tem pouca importância, esta taxa referencial é praticamente nula fazendo com que a poupança rendesse somente os 0,5%a.m.).
 
Pela nova rentabilidade, ela capitaliza a aplicação da seguinte maneira: 70% da taxa SELIC mais a atualização da Taxa Referencial.

A poupança é isenta de Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tendo sempre o valor líquido demonstrado. Contribui ainda o fator que os resgates podem ser feitos a qualquer momento, é um tipo de investimento com alto grau de liquidez (muito fácil transformar o investimento em grana!).

Dois pontos interessantes dela: Um é que você consegue abrir conta em nome de menor de idade (pode abrir uma poupança para o filho por exemplo e ir depositando para que ele possa usar no futuro) e o outro é que normalmente os bancos possuem poupanças programadas que “tiram o dinheiro da conta antes de você conseguir gastar”.
 
 
Resumão:
Investimento: Poupança
Tipo de Aplicação: Renda Fixa
Porcentagem: 70% tx SELIC + TR.
Grau de Liquidez: Muito alto
Impostos: Isento
 
 
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quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Fluxo de Caixa dos Ricos

A maioria das pessoas que possui problemas financeiros entraram nesta enrascada por terem seguido o caminho de comprar coisas (muitas vezes desnecessárias) de maneira parcelada a se perder de vista. Produtos e serviços que deixam a pessoa com um status quo muito maior do que sua capacidade econômica realmente a possibilita de ter/ usufruir. As "pequenas parcelas" vão se somando no cartão de crédito até que a fatura mensal vira uma coisa monstruosa, porém não é nada que você tenha gasto no mês corrente, mas sim compras efetuadas lá atrás.

Chegamos à seguinte conclusão:

Muitos dos grandes problemas financeiros são causados pelo desejo de se acompanhar a maioria e não ficar atrás do vizinho.

Entender este conceito é o que nos proporciona segurar a mão na gastança mensal nos possibilitando que alcancemos um equilíbrio financeiro e, a partir daí, começarmos a pensar em como aumentar nosso patrimônio.

Anteriormente vimos as diferenças e a classificação entre as classes de pessoas (Uns trabalham, outros ficam ricos). Porém agora conseguimos entender o grande segredo dos ricos. Como eles conseguem aumentar patrimônio? Por que "o rico fica cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre"?

Isso se deve ao fato que os ricos sabem o que é um Fluxo de Caixa (bela merda, todo mundo sabe o que é: tudo que entra menos tudo que sai). Mas o diferencial é que eles sabem como usá-lo a seu favor (e executam! Não ficam somente com a teoria).

Consideremos três classes sociais: Pobres, Classe Média e Ricos. Independente de quanto cada um recebe, vejamos qual o destino do dinheiro de cada um deles.


Fluxo de Caixa do Pobre



Esta classe costuma desperdiçar sua renda nas despesas diárias. Despesas estas muitas vezes inúteis, que melhoram momentaneamente suas vidas, mas não a mudam. Uma TV de LED gigante porque seu vizinho tem uma, um som mega potente para o carro pois o amigo também colocou, roupas e sapatos para mostrar para "aquelas invejosas" que eu posso ter também.

Nenhum destes gastos gerará retorno financeiro. São somente motivações pontuais, fazem a pessoa se sentir bem naquele momento apenas. Este estilo de vida é ruim pois ele precisa ser alimentado sempre. A compra de ontem não sacia o desejo de hoje e a compra de hoje não saciará o desejo de amanhã.

O triste nesta história é que o salário mal entra e já sai direto para a lixeira, não há benefício próprio algum.
Seu fluxo é este:




Fluxo de Caixa da Classe Média

A Classe Média é estudada e sabe como funciona um Fluxo de Caixa, porém as nomenclaturas que ela aprendeu na escola não funcionam muito bem quando o assunto é vida financeira pessoal. Exemplo: considerar carro e casa como investimentos são um pouco equivocado. "Ah, mas sempre ouvi falar que o cara tem um patrimônio de R$ 200 mil sendo R$ 170 mil minha casa e R$ 30 mil meu carro". Não concordo muito com isso, vejamos o por quê.

Comprando uma casa financiada, você terá os gastos com a parcela do financiamento, as despesas de luz, água, telefone e internet, além do IPTU. Um carro segue o mesmo raciocínio: parcela do financiamento, seguro, DPVAT, Licenciamento, IPVA, combustível, manutenção...

Bolas... pensemos. Se o salário entra e eu compro um carro e ele me gerará tantos gastos, entendemos que um carro é um Passivo (cheio de obrigações a serem pagas) e não um Ativo (que me gera rendimentos). A Classe Média consegue então adquirir um bem que proporcionará um bem estar maior que o do pobre, porém acabará seguindo o mesmo princípio de gastos direto para a lixeira.

Outro ponto importante é que a Classe Média costuma pagar tudo antes  de se pagar. Se sobrar algo no final do mês ela guarda, senão não.
Seu fluxo é parecido com o do pobre, com exceção da escala que ele faz no Passivo antes de ir em direção às Despesas.

 


Fluxo de Caixa do Rico

Ele é o cara que possui maior conhecimento, é quem tem uma ótima educação financeira e uma formidável visão de futuro. Ele considera patrimônio somente o que gera dinheiro, o resto é lixo (cedo ou tarde serão descartados na lixeira).

Ele direciona seus esforços para adquirir mais ativos, seu interesse primordial é gerar cada vez mais renda. Acaba se tornando uma bola de neve positiva pois a renda adquirida é reaplicada em um novo ativo para gerar mais renda ("dinheiro atrai dinheiro"?).

Não importa quanto dinheiro você ganha, mas sim quanto você conserva! Isso sim é alfabetização financeira!
Seu fluxo não possui lixeira, ele aplica sua renda em Ativos que gerarão mais renda:


 
 
Este processo é lento, mas muito eficiente. É a mesma lógica em relação à plantar uma árvore. Você rega durante anos e depois de muito tempo ela consegue se sustentar sozinha (suas raízes já estão fundas o suficiente para retirar da terra os sais minerais necessários) e, quando ela já não necessita mais do seu apoio, ela passa a te fornecer sombra, frutas e flores.

O rico é rico porque tem este pensamento! Vai investindo em ativos, reinvestindo, re-reinvestindo até chegar o momento que os mesmos estarão gerando tanta renda que o seu salário será somente um pedacinho do que ganha no mês. A partir deste momento você escolhe trabalar porque quer e não porque precisa.

Mas o que são estes ativos? Estes ativos são qualquer coisa que gere um fluxo de caixa constante de entrada de dinheiro. Negócios com imóveis (compra e venda, aluguel, restauração) ter a própria empresa (franquia, começar do zero, entrar em sociedade com alguém), negociar ações em bolsa de valores (trades, aluguéis, termos).

Veremos nos próximos posts o que são estes ativos e como eles funcionam. Abordaremos os tipos de investimento, do menos rentável (com menor risco) ao mais rentável (com maior risco).

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terça-feira, 23 de julho de 2013

"Uns trabalham, outros ficam ricos"

As pessoas não conseguem adquirir novas maneiras de ganhar dinheiro e de acumular capital pois não param para pensar. A grande maioria da população liga o piloto automático e não pára para analisar tudo que o rodeia, todas as oportunidades e desafios que o cercam. E o trabalho possui grande parte desta culpa, pois é ele quem mais consome nosso tempo e nos faz cair na armadilha da constância. Quando menos percebemos, nossa vida passa a girar em torno de uma monotonia fazendo sempre as mesmas coisas, agindo sempre da mesma maneira.




Meio deprimente, não?


A vida vai criando dificuldades ao longo do caminho, e vamos nos adaptando às realidades que os outros vão inserindo em nosso dia a dia. Um chefe que quer que você chegue mais cedo e saia mais tarde. Metas desafiadoras que o fazem levar trabalho para casa. Gastos com os filhos acima do esperado. E um monte outros etceteras....
Nos condicionamos à estes ciclos, é neste momento que ligamos o automático e paramos de pensar. Desejos como fazer uma academia, jogar um futebolzinho na semana, aprender a tocar violão, passar mais tempo com a família, viajar mais, etc, vão ficando cada dia mais distantes. "Ano que vem eu começo" é uma frase constante.

E este pensamento é o que acaba ocorrendo quando o assunto é dinheiro. "Ah, vou começar a juntar grana tal data" "Assim que acabar essa parcela eu vou começar a guardar" "Vou cortar os cartões de crédito". Com esta ideia podemos começar a classificar a população rotulando-a em cinco grandes grupos. Conseguimos desenvolver um perfil para cada um desses grupos - partindo daquele que pensa no curtíssimo prazo para aquele que olha no longo prazo:

Muito Pobres: Eles pensam no dia. Tudo que importa é quanto vão conseguir receber hoje para poder chegar ao final do dia.


Esse grupo é a galinha. Ela acorda e vai em busca das minhocas na terra, às vezes pode ganhar uns grãos de milho de graça. Comeu? Ótimo, mais um dia de sobrevivência. Não comeu? Vai dormir com fome e esperar o dia de amanhã.

Pobres: Pensam na semana. Trabalham o suficiente para chegar ao fim de semana e poder se divertir com os amigos. (já vi casos onde a pessoa diarista parava de trabalhar no meio da semana pois já tinha conseguido dinheiro suficiente para se sustentar até o final dela).


São as crianças. Elas acordam e podem fazer mais coisas com o seu dia, mas não muito pois não se esforçam a conseguir um algo a mais e sempre dependem de alguém para trilhar o caminho. Elas podem até ter um tempo livre, mas não o usam com sabedoria e acabam só esperando o fim de semana (que não tem escola) para poder brincar com os amiguinhos.

Classe Média: Pensam no mês. A preocupação é se o salário caiu e se ele irá cobrir todas as despesas até cair o próximo. Eles possuem mais conhecimento e consciência do "pensar no futuro", mas ainda de uma maneira insuficiente obrigando-os a participar ativamente o ciclo CASA / TRABALHO.


São os pais (ou os responsáveis pela casa). Eles que colocam a mão na massa para a casa funcionar, que trazem o sustento do mês. Acabam "financiando" as crianças e fornecendo os grãos para a galinha (não todo dia). Eles já tem mais noção do quanto gastar em cada produto, alimento, serviço pois eles que controlam o dinheiro.

Ricos: Pensam em anos. Qual será o total recebido no ano e, deste total, quanto terão guardado. Eles saem daquele mundinho de "chegar ao próximo salário" e analisam o todo, projetando suas despesas, investimentos e receitas numa escala muito maior e muito mais longa.


Eles são o dono da fazenda. Eles proporcionam emprego para os pais trabalharem e produzirem os recursos que a fazenda oferece. O retorno que eles recebem das vendas da produção são muito maiores do que o salário dos pais, mas o risco que eles correm de não conseguirem vender e não receberem nada é proporcional.

Muito Ricos: Pensam em décadas. Eles tentam montar planejamentos para a próxima década, não visam o curto prazo, nunca! É o extremo da outra ponta. Enquanto os muito pobres pensam em sobreviver àquele dia, eles pensam em montar fluxos de caixas constantes para seus netos.


Eles são os donos do vilarejo. Eles que disponibilizam as terras, organizam os processos e colhem frutos de todos os lados. Sua visão é ampla, sua preocupação é com o todo, com o bom funcionamento de todos os aspectos daquela economia.

A grande lição disso tudo para cada um dos envolvidos:

A galinha não tem tempo para pensar pois está preocupada com o sobreviver ao dia;
As crianças possuem algum tipo de preocupação mas não muita pois possuem os pais que pagam a conta;
Os pais pensam um pouco mais longe pois são os provedores que trabalham pacas e sustentam a casa, eles têm a preocupação das contas serem pagas e por isso só focam nisso;
O dono da fazenda é aquele que contrata os funcionários para trabalharem e acabam se preocupando com outras coisas como disponibilizar o equipamento necessário para os funcionários produzirem e gerar recursos para ele;
O dono do vilarejo é quem passa para cobrar o aluguel dos donos de fazenda (a terra é dele arrendada para os fazendeiros). É quem vende a comida e os produtos necessários para as pessoas manterem o dia a dia.

Quem você acha que tem mais tempo disponível para pensar em como ganhar (mais) dinheiro?


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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Controle Financeiro Pessoal

Até agora tratamos diversos assuntos de maneira isolada. Mas o que aconteceria se unificássemos todos eles? Se extraíssemos o melhor de cada um transformando-os em uma meta? Direcionando-os para que nos auxilie é o que vamos tentar...

Aprendemos O que é um investimento, sabemos que todo investimento possui uma relação de Risco x Retorno, que devemos nos precaver quando o assunto é controle financeiro na questão Emocional x Racional e entendemos conceitos básicos (como Fluxo de Caixa e Ponto de Equilíbrio), além é claro de descobrir que Não devemos Pular Etapas.

Misturando tudo isso, e aplicando-os em nossas vidas, chegamos ao "famigerado e temido" Controle Financeiro Pessoal. "Nossa, que dramático!" podem pensar, mas é a verdade. Quando perguntamos às pessoas se elas controlam suas contas correntes, a maioria diz que não pois seu estado é calamitoso, que sua situação financeira é uma coisa lastimável.

Com isso a maioria  resolve fechar os olhos ao invés de colocar todas as cartas na mesa e encarar o jogo de frente. As poucas que resolvem iniciar algo se deparam com a desmotivação encontrada quando pulamos etapas (vai da meta direto ao problema, sem montar o planejamento e executá-lo).

Pensando em tudo isso, me propus a montar uma planilha, que é basicamente a estrutura do Planejamento, e compartilhá-la com quem quiser me ouvir. Para isso basta a pessoa pegar estes conceitos citados acima e aplicá-los dentro do Planejamento estipulado - com isso, quem se propuser a mudar sua vida positivamente, deverá somente Executar o que foi estipulado.

O primordial é deixarmos nesta planilha lançado tudo que será constante (salário, a parcela da casa ou do carro, parcelamento de compras como roupas e sapatos, celular, faculdade, transporte e cartões diversos). O que não tiver valor fixo, lança uma média do que seria aceitável (ex: lançar um gasto mensal de mais ou menos R$ 100 de celular. Se vier a mais gastei muito, se vier a menos economizei!)

Com esta mentalidade e com o conceito abordado no post sobre Fluxo de Caixa elaboramos uma planilha show! Que poderá nos auxiliar eternamente.A lógica é alimentar o seu mês nela e projetar tudo que terá para frente (para os outros meses), dessa maneira você sabe quanto sobrará ao final do ano (ela vai trazendo o saldo acumulado do mês anterior).

Segue um manualzinho para alimentá-la:

 
 
E logicamente o link para baixá-la: Controle Financeiro Pessoal
 
Boa $orte!
 
 
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terça-feira, 16 de julho de 2013

Não pule Etapas!

Uma conclusão a que podemos chegar sobre o por que das pessoas não alcançarem seus objetivos é que elas se frustram antes mesmo de iniciar o caminho. E com esta frustração, sua motivação é jogada lá para baixo e elas desistem antes mesmo de começar, sua derrota já é escrita logo ao início de cada jornada.

Digo isso tudo pois acredito piamente que o Ser Humano Pula Etapas! Que ele possui uma grande dificuldade de organizar as ideias, se planejar e executar tal planejamento.
Podem reparar que as pessoas que mais reclamam da vida, aquelas que julgam o sucesso alheio como "sorte", são as que seguem o seguinte fluxo:

Este fluxo demonstra como determinadas pessoas (a grande maioria) age quando estipulam Metas. No primeiro momento que as recebem, já pensam: "Nossa, mas vai dar errado porque isso vai dar trabalho, porque aquilo vai ser difícil, porque aquele outro vai ser árduo". Este é o exato momento em que estas pessoas assinam com firma reconhecida em cartório a sua derrota, este é o ponto determinante a que elas passam a ser perdedoras e a culpar a "falta de sorte".




O que torna-se primordial é conseguirmos identificar o que é prioridade em nossas vidas e, com isso, focar nossos esforços nesta direção.
Com esta mentalidade enraizada, podemos decidir o que pode ser abandonado e o que deve ser persistido.

Assim que conseguimos definir uma Meta que vale a pena devemos atacá-la com todas as forças, porém de maneira racional e direcional! Dessa maneira o primordial é iniciar nos concentrando no Planejamento de como atingí-la.
Após elaborarmos o Planejamento, partimos para a Execução do mesmo. Neste instante, e somente neste instante, é que aparecerão as dificuldades.

Observem que não fomos da META para o PROBLEMA!!! Nós partimos da META, elaboramos o PLANEJAMENTO e partimos para a EXECUÇÃO. A partir daí que os PROBLEMAS podem vir a aparecer, mas não quer dizer que ocorrerão!

O fluxo das pessoas persistentes, aquelas que são classificadas como "pessoas de sorte" segue o seguinte:

 
Por isso que o melhor é raciocinarmos todo este trajeto antes de passarmos a inserir empecilhos ao longo do caminho. Dificuldades ocorrerão? SIM! Com toda certeza! Porém cabe à nós decidirmos se nos entregaremos à eles ou se os enfrentaremos de frente com espada em punho!



Esta é a minha explicação do por que o brasileiro de uma maneira geral vive na merda na questão de grana! Posso montar um puta planejamento financeiro para o cabra seguir, mas se ele não o tirar do papel e não colocar em prática não adianta nada!

E por quê ele não coloca em prática? PORQUE DÁ TRABALHO!! Por que quando a META "sair do buraco financeiro" se transforma em um PLANEJAMENTO de duração de um ano (onde ele terá de parar de fazer compras online e parar de sair todo fim de semana com os amigos) a EXECUÇÃO se torna árdua e difícil e ele acha melhor "continuar do jeito que está" e fechar o olho para o futuro.

Só lamento!


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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Conceitos Básicos - Ponto de Equilíbrio

Tudo na vida é questão de equilíbrio. Sempre devemos fazer as coisas moderadamente pois, como diz o dito popular, "tudo que é em excesso faz mal".
E adivinhem só!!! Com o dinheiro é a mesma coisa! Devemos encontrar um equilíbrio entre nossas receitas e nossas despesas.

Diversas situações de nossas vidas nos conduz à esta conclusão de que devemos equilibrar as coisas. Exemplos antagônicos como (i) jogar video game x sair de balada, (ii) ganhar dinheiro a qualquer custo x se desapegar de bens materiais, (iii) focar todo tempo disponível para a família x não ter tempo para eles são todas atividades opostas que não se relacionam, já que uma se sobrepõe à outra (enquanto estamos fazendo uma, não podemos fazer a outra simultâneamente).


Pensemos em um violão...

Se você deixar a corda do violão muito frouxa, não sairá som. Porém se esticá-la demais ela irá arrebentar.

Este é o melhor conceito de equilíbrio!

Ademais, para tocar o violão você precisa comprá-lo, aprender teoria, aplicar a teoria na prática, treinar e, como dito anteriormente, afiná-lo. (não necessariamente nesta ordem)
Perceba que há diversas atividades que devem ser executadas e/ou desenvolvidas, sendo que cada uma é exclusiva não dando a possibilidade de fazer outra simultâneamente. Visto isso deve-se escolher no que você irá focar, porém lembremos que não adianta ser um mestre na teoria se não souber aplicar na prática. Para a canção sair, necessita-se de treino em todas as áreas.

Com nosso dinheiro é assim que funciona também! Não adianta focarmos em aumentar expressivamente nosso salário se o buraco que vaza as despesas não é controlado. Da mesma maneira não adianta nos fixarmos na economia de recursos absurda (privação própria excessiva), sem nos dedicarmos ao aumento de ganhos.

No mundo Financeiro o Ponto de Equilíbrio (ou Break Even Point) é um dos indicadores contábeis que informa ao executivo o volume necessário de vendas, no período considerado, para cobrir todas as despesas, fixas e variáveis, incluindo-se o custo da mercadoria vendida ou do serviço prestado.

Em outras palavras, significa o faturamento mínimo que a empresa tem que atingir para que não tenha prejuízo, é onde ela ficará no zero a zero.



Da mesma maneira que a empresa começa o mês no negativo - devido ao seu custo fixo, nós Pessoas Físicas também começamos o mês com um valor mínimo que teremos de gasto (são nossas despesas mensais constantes). Para cobrí-las devemos alcançar um faturamento (salário) mínimo.

Aplicando na fórmula:


PE = RECEITAS (SALÁRIO) - CUSTOS VARIÁVEIS - CUSTOS FIXOS


Apesar do PE ser muito utilizado por empresas, conseguimos trazê-lo para nossa realidade do dia a dia pois, conseguimos, por exemplo, enxergar que nosso salário não está condizente com nossos gastos mínimos. Isso posto podemos traçar planos de tentar aumentá-lo ou (o que temos mais controle) diminuir os gastos, diminuindo então o nosso PE.


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terça-feira, 9 de julho de 2013

Conceitos Básicos - Fluxo de Caixa

Pensei em tentar esclarecer alguns conceitos básicos que são vistos como coisas complexas e que necessitam de longas horas de estudo para entendê-los (?). Por isso vamos defini-los de maneira simples e objetiva aplicando-os à nossa realidade do dia a dia. O primeiro a ser tratado aqui é o "famigerado" Fluxo de Caixa.

Definição Podemos dizer que Fluxo de Caixa é Tudo que entra menos tudo que sai. Mas não podemos dizer que é somente isso, já que ele nos auxilia em muitos pontos distintos pois, ele não só determina todo dinheiro que entra e que sai, mas também nos diz quando e como entra e sai.

Vamos partir do conceito-base e ir aprofundando nos demais...

1º Tudo que entra menos tudo que sai - O primeiro objetivo do Fluxo de Caixa é nos mostrar qual nossa situação financeira, seja na semana, no mês ou no ano. Com ele relacionamos as Rendas com as Despesas e assim conseguimos mensurar se nossa situação é confortável ou não. Assim que relacionamos os mesmos, podemos elencar os gastos fixos (que são mensais), dessa maneira enxergamos quanto sobra/ falta ao final de cada mês.

Ex: Huguinho recebe um salário mensal de R$ 3.000 líquidos. Seus gastos fixos são basicamente o apartamento (R$ 1.200), carro (R$ 800), celular (R$ 150), transporte (R$ 200) e alimentação (R$ 300).

Arrumando estas informações temos:





Concluímos então que seus gastos fixos são menores que sua receita e que, em função disso, há uma sobra de R$ 350 por mês.


2º Quando entra e quando sai - Após arrumarmos a casa e enxergarmos qual a nossa situação, passemos para o segundo ponto que é determinar quando recebemos e quando pagamos. A regra é sempre  receber antes de pagar.

Após elencar seus gastos e sua receita, Huguinho verifica as datas destes eventos discriminando-as:


Com isso enxergamos que o apto está sendo pago antes de receber o salário do mês. Ele deve ou tentar alterar a data de vencimento ou se programar para reservar a parcela do apto para o próximo mês.

3º Saldo acumulado do que entra x o que sair - Essa é a aplicabilidade na prática da especificação dos dias de cada evento. Através desta classificação, verificamos se nossa relação de entradas e saídas está saudável (estamos recebendo antes de pagar?).

Agora Huguinho consegue classificar cronologicamente a sua conta e verificar qual sua situação no mês:

Apesar de sobrar R$ 350 ao final do mês, verificamos que Huguinho fica descoberto em R$ 1.200 (que é justamente a parcela do apto) por 5 dias. Este é o erro de sua conta, porém o mesmo tem uma fácil visualização quando montamos este "time line"

4º Como entra e como sai - Agora que a coisa toda está ficando bonitinha, falta somente definirmos como é gerado cada evento. O salário cai na conta automaticamente ou é recebido via cheque? Os gastos estão em débito automático, são emitidos cheques, feitas transferências ou são via boleto bancário? Isso é importante para que saibamos com o que devemos nos preocupar (débitos automáticos não precisamos nos estressar, mas pagamentos via boleto devem ser acompanhados os vencimentos para não pagarmos multas e juros).


Huguinho conclui que não precisa se preocupar nem com Salário  nem com Celular pois entram automaticamente (só deve verificar se os lançamentos foram efetuados). Porém o Apto e o Carro ele precisa se preocupar em receber o boleto, sem esquecer de transferir o valor do Transporte para o Bilhete Único e sacar no caixa eletrônico o dinheiro para Alimentação:


Planejando a partir do Fluxo de Caixa

Após entendermos o que é um fluxo de caixa e qual a sua importância para manter a ordem dos eventos que ocorrem dentro do mês, podemos montar um planejamento para, no mínimo, o ano vigente. Este planejamento consistirá em pré-determinar quanto efetivamente vai sobrar mês a mês, quanto podemos investir e quanto poderemos torrar à vontade!!
O conceito é relativamente simples: replicar para o ano inteiro o fluxo de caixa montado para este mês (ou o período que você desejar) e, conforme houver os gastos a mais ou parcelamentos de compras, verificar nossa situação nos meses subseqüentes.

Imaginemos que o Huguinho fez uma compra de uma TV nestes sites de venda online e a parcelou em 12 vezes de R$ 60, replicando o fluxo para os próximos três meses (não vou replicar para o ano porque senão ficará muito grande) já incluída a parcela da TV, temos o seguinte:


O interessante de se notar aqui é que o saldo anterior vai aumentando e vamos alterando a parcela da TV que está sendo paga. Com isso temos controle de quando a quitaremos e podemos verificar que se houver um planejamento adequado poderemos ainda economizar dinheiro.

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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Risco x Retorno

De uma maneira geral o conceito de Risco é muito nebuloso para o brasileiro. Historicamente nosso país viveu momentos econômicos enormemente turbulentos. Quando achávamos que não haveria mais como ficar pior, alguma conspiração cósmica nos provava o contrário. Ou era uma inflação descontrolada, ou era um governante maluco que tomava uma medida unilateral sem avaliar os impactos, ou era um Estado voltado para os interesses próprios, ditadura, governos de pão e circo, etc, etc, etc...

O brasileiro nunca antes conseguiu se planejar financeiramente. A sensação é que ele estava em uma jangada (estilo aquela feita por Tom Hanks no filme "Náufrago") que simplesmente acompanhava as ondulações que o oceano o impunha. Se vinha uma onda pequena, a jangada dava uma mexidinha, se vinha uma enorme, ele se afogava. E a simples ideia de quem sabe talvez ver uma pontinha de algum pedaço de terra (qualquer pedaço de terra, uma ilha, um país, um continente...) era uma ilusão transcedental, algo inatingível.



Oras, com esta (falta de) perspectiva sem rumo e sem direção - além de não saber até onde iria sobreviver - é de se entender que o que o brasileiro ganhava ele usava, para não correr o risco de perdê-lo sem usar.

Porém "após as trevas fez-se a luz" e, parece que os governantes começaram a aplicar um conceito básico de economia: gastar menos do que arrecadar. Este grande marco teve início no governo FHC e (devido à rainha da iluminosidade nos conceder sua graça) vem se mantendo tal aplicabilidade nos últimos quase 20 anos. Esse é o marco da evolução e é isso que faz com que nós brasileiros possamos começar a pensar em um futuro financeiro saudável.

Como nós paramos de tomar sustos nesta área, conseguimos agora pensar e calcular o tempo para certo investimento e o tempo de obter o retorno. Basicamente temos em nossas mãos a capacidade de sabermos quanto temos que investir por mês, por quanto tempo devemos investir para enxergarmos quando iremos iniciar os resgates, quais os valores de resgate e quanto tempo durarão estes resgates.



Ainda assim, este histórico está um pouco impregnado em nossas mentes e ainda somos avessos à palavra "Risco", que nos remete à coisas ruins, estresses e quebradeiras generalizadas.

Porém, o risco é bom!! É ele que nos ajuda a acelerar o processo de ganhos, é ele que nos faz acordar da paralisia mental e coloca nossos neurônios para funcionarem, pensando o que pode ou não ser feito e avaliando se o ganho de cada investimento compensa pelo risco que é envolvido em cada operação.

A partir do momento que ele é controlado (que colocamos esta coisa que chamamos de massa encefálica para funcionar), o mesmo torna-se saudável e, assim, conseguimos iniciar os conceitos de Risco x Retorno:

 
O simples fato de "passar o tempo" já é um risco que corremos, ainda mais atualmente onde a poupança não é mais fixa e acaba acompanhando a variação da taxa de juros (comento isso pois há possibilidades da poupança render menos que a inflação, com isso compensa gastar o dinheiro do que guardá-lo).
 
O prêmio que recebemos por cada investimento depende do tempo que ele ficará alocado e da remuneração que ele nos trará (lembram-se da Fórmula da Riqueza?). Pois bem, quanto maior for a taxa de juros que nosso dinheiro estiver recebendo e quanto mais tempo ficar lá, maior será o rendimento.
 
Porém, desconfie sempre! A partir do momento que almejamos uma remuneração maior, devemos ter ciência que "nada é de graça" e que com certeza absoluta há um risco maior embutido em tal operação. O que diferencia um investidor de sucesso de um investidor mediano é que ele encontra uma relação Risco x Retorno satisfatória e consegue "dormir a noite", pois sabe que o risco que seus investimentos estão correndo é controlado.
 
PS: As possibilidades do retorno devem SEMPRE serem maiores do que as possibilidades de perda!!!
 
Quando vierem com conversinha de que há um investimento garantido - nada nesta vida é garantido, só a morte! - com um risco zero ou minúsculo, DESCONFIE!
"Ah, mas fulano entrou no negócio e está ganhando R$ 20.000 por mês." - Acredite em mim, o risco que o fulano deve estar correndo provavelmente é enorme e ele não tem a mínima noção disso!
 
Eike Batista está aí para não me deixar mentir, rs.
 
 
Podemos escrever a seguinte relação então:
 
A Remuneração de Capital pelo Tempo será sempre menor do que a Remuneração de Capital pelo Risco e Quanto maior a Remuneração, Maior o Risco!