segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Análise Fundamentalista

            O Fundamentalismo se baseia em analisar a empresa, sua saúde, seu atual momento e suas perspectivas. O objetivo é verificar se a empresa presta ou não e mesmo assim ter na cabeça que o conhecimento técnico perde para o comportamento humano.
            Antes de entrarmos na parte técnica, quero que fique bem claro que a perspectiva futura da empresa atrelado às expectativas do mercado derrubam uma análise fundamentalista. Sabe como? Vamos recordar quando o Itaú e o Unibanco resolveram efetuar uma fusão. De um dia para o outro eles vêm a público anunciar a decisão, pega todos de surpresa e alavanca absurdamente os preços de suas ações.
            Pois bem, e se eu disser que quem entrou neste dia da publicação provavelmente teve prejuízo? Como? Pois este tipo de notícia que “chacoalha o mercado” segue o seguinte fluxo:




           
            Acima da linha do tempo temos os acontecimentos e abaixo temos quem soube da notícia naquele período. Se vocês repararem bem, estamos todos ali na MASSA! Olha o que já teve de gente que soube antes e o quanto de especulação que pode ter sido feito. Quando a notícia saiu e o preço foi nas alturas, os que compraram antes pagaram muito barato.
            O fundamento fica distorcido? Sim, pois o ativo fica supervalorizado. Não quer dizer que a empresa é uma porcaria, mas que estão falando que ela vale muito mais do que vale,  aí você acaba pagando muito caro por ela (se comprar neste período de especulação e de grandes acontecimentos, com notícias bombásticas).

            “Não tem nada mais velho que o jornal de hoje” (causa e conseqüência são um só. Aquela notícia já era esperada).

            Dentro deste assunto temos dois termos muitos usados:
Bolha: é aquilo que quando estoura você não consegue pegar (supervalorização da ação depois de muitas pessoas receberem informações privilegiadas), é como uma bola de sabão.
Crash: após o estouro da bolha, é uma queda em linha reta derrubando tudo (as melhores empresas mais devagar, as piores muito acelerado).
            Falamos o tempo inteiro de riscos, mas não adotamos os passos necessários e adequados para enfrentá-los.
            Os riscos que devemos olhar são os que contêm a possibilidade da empresa diminuir seu ritmo ocasionando menores faturamentos ou até mesmo prejuízos. Para analisá-los temos de olhar para o balanço da empresa.

            Calma, calma calma... ninguém aqui vai tem que fazer um curso de contabilidade para ser da escola fundamentalista, devemos ver o balanço pelos olhos de um Investidor e não de um Contador.
            A cara de um balanço é a seguinte:



            O primeiro ponto aqui é jogar ativo e passivo fora e se concentrar somente no PL pois ele é aquilo que efetivamente pertence ao acionista, é o valor da empresa (PL = Ativo – Passivo). Este PL tem que apresentar crescimento contínuo e constante.
             
            Outro relatório legal de olharmos é o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) pois ele nos mostrará lá no final se a empresa apresentou  lucro ou prejuízo. Mais importante que esta linha só a que vem falando “Lucro por ação” pois aí poderemos verificar quanto a empresa está lucrando por cada ação. 



Demonstrativo de Resultado do Exercício – DRE




            Este é um exemplo bobinho de DRE, sendo que esta empresa específica não apresenta a linha “Lucro por ação”.

            Bom, por enquanto é isso, depois veremos os índices que podem ser calculados para avaliar Liquidez Geral, Liquidez Corrente, Grau de Endividamento, Margem Líquida, Rentabilidade do PL, etc...

M4i - Money Consulting
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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Preço Médio


         A estratégia de Preço Médio creio ser a mais básica na Bolsa de Valores, simples, sem stress e que dá resultados no longo prazo se você tiver disciplina e controle emocional.

            A ideia é comprar uma mesma ação todo mês e montar uma previdência onde você não se importará com o preço que a mesma se encontrar. Num período de 10, 15 anos a ação tende a se valorizar seu rendimento ser significativo em cima do montante ora investido.           

            Primeiro definimos que iremos destinar R$ 100,00 por mês para compra de ações. Quero entrar no setor bancário e analisei que o BB está sempre investindo e aumentando a lucratividade, percebo também que ele paga dividendos trimestrais.

            Dúvida: por que comprar um valor fixo e não uma quantidade fixa?? Porque comprando uma QUANTIDADE fixa você aumenta o seu preço médio enquanto um VALOR fixo você diminui.

            Comprar todo mês com a mesma quantidade de dinheiro faz com que nas altas você compre menos ativos e nas baixas compre mais

 
Vou exemplificar....



            A tabela nos mostra valores reais do BB dos últimos 10 meses. A compra mensal de R$ 100,00 de ações fez com que em 22/08/2014 tivéssemos em custódia 41 ações do BB e um gasto total de R$ 1.036,03. Para achar meu PM divido o valor total pelo número de ações e chego em R$ 25,27 (isso é quanto custou cada ação na média).

            Hoje o BB vale R$ 28,35 e como possuímos 41 ações, multiplicamos o total de ações pelo valor de mercado e chegamos em R$ 1.162,35 (o que representa um aumento de 10% do seu capital). Isso em 10 meses (quanto rende a poupança mesmo?).
            Porém como já havia falado anteriormente, o sucesso da sua estratégia depende muito do seu controle emocional, da sua disciplina. Hoje olhar para a carteira e ver um aumento de 10% é fácil, é legal, mas imaginemos pegar um dia qualquer ai.

 
 

            Janeiro de 2014 onde a ação valia 24,25, possuíamos 14 ativos com um gasto total de R$ 381,75. Multiplicando suas ações pelo valor de mercado chegamos a R$ 291,00 (ou em outras palavras uma desvalorização de 23%!!!) E o  sangue frio para manter a disciplina e continuar comprando ao invés de vender tudo e esquecer de bolsa? 

            Aí está o ponto onde o mercado diferenciará os vencedores dos perdedores. Aí começamos a enxergar que Bolsa é LONGO PRAZO e que serve para multiplicar capital.

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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Estratégias - por onde começar?

Minha ideia é mostrar algumas possibilidades de atuação dentro da Bolsa de Valores, sempre com o intuito de usá-la como multiplicador de capitais.

Quero antes de mais nada, montar a definição de  quanto de capital será destinado à renda variável e quanto à renda fixa. Isso não tem nada a ver com uma estratégia específica, na minha opinião a primeira coisa que temos de saber é até onde vai o nosso sono, até onde o estômago agüenta as oscilações do mercado.

Para isso temos que definir quanto do seu capital ficará em renda fixa (sem riscos, sono tranqüilo) e quanto ficará em renda variável (pesadelos fantasmagóricos, rs). Parece uma coisa boba e simples (e é!), mas ficarão surpresos com a quantidade de pessoas que nunca pensaram nisso, ou que já pensaram e não o fazem.

A ideia é definir num primeiro momento uma relação de porcentagem entre Renda Fixa e Renda Variável como, por exemplo, 60%RF x 40%RV ou 70%RF x 30%RV, vai de cada um. Por que isso? Porque você ficará mais tranqüilo em relação às suas escolhas já que elas foram todas baseadas em análises racionais e por isso seu patrimônio estará seguro. E o segundo motivo é o mais espetacular de todos: FUGIR DA MANADA!!! Você para de olhar para o seu vizinho e passa a se concentrar somente no seu umbigo.

Em primeiro lugar, a MANADA é a aglutinação de seres da mesma espécie correndo desenfreados para um mesmo local seja por medo, seja por expectativa. Definido isso, conseguiremos enxergar que quando estarão todos comprando loucamente, estaremos vendendo e quando estarão todos vendendo, entramos comprando.

Esta teoria do Efeito Manada é interessante pois realmente é nosso instinto se unir aos outros para ter maiores chances de sobrevivência. Com a idéia de determinar uma porcentagem para Renda Fixa e outra para Renda Variável (60%RF x 40%RV por exemplo) nos deparamos com a seguinte situação: Imaginemos que nossa renda variável consiste na aplicação de ações da Bolsa de Valores. Quando ela subir, minha porcentagem de Renda Variável vai aumentar e terei então de destinar os próximos recursos para Renda Fixa. O inverso também (quando a bolsa cair, a porcentagem da minha Renda Variável diminui e destino os próximos recursos a ela).

Olha que interessante.... Quando a bolsa está subindo e está todo mundo eufórico, minha estratégia me orienta a comprar Renda Fixa e quando a bolsa está caindo e todo o mundo está desesperado, tenho de comprar Renda Variável.  

PS: isto funciona para mim que penso na bolsa como previdência com expectativa de 20, 30 anos....

Para facilitar nossa vida, criei uma planilha que demonstra esta divisão. Como exemplo tomemos como base uma divisão conservadora de porcentagens: 70% para Renda Fixa e 30% para Renda Variável, além de termos a seguinte carteira de investimentos:




É só acompanhar a porcentagem: se aumentar a Renda Fixa, o próximo aporte será feito na Renda Variável e vice-versa.

Quem quiser a planilha ou tiver alguma dúvida pode me contatar pelo e-mail alecio.miari@m4i.com.br.

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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Estratégias


Bom, até este post vimos toda a parte conceitual, tudo que demonstra o mecanismo dos mercados de investimento. Suas características com seus custos e o que cada um apresenta de Risco x Retorno.

Toda a parte técnica está ai, mas para que ela funcione deve haver uma estratégia montada e a mesma deve ser seguida à risca. Uma estratégia deve ser feita da seguinte forma:




A análise das suas possibilidades consiste em conseguir se situar no meio que você se encontra. Perguntas que podemos fazer à nós mesmos são coisas do tipo: “Quanto posso investir? Com que período? Em que? Quero correr maiores riscos?”

Simultaneamente pode definir os mercados que você irá atuar, aportes de dinheiro que fará (quanto e quando), riscos que topa correr, definir seus objetivos (e para este ponto são feitas perguntas como: “O que te levou a entrar neste investimento? Qual a finalidade dele? Aumento de patrimônio, ficar rico ou aposentadoria? Até onde você quer chegar?)

Com as respostas a estas perguntas, podemos traçar nossa estratégia e o mais importante é que ela terá de ser sempre seguida à risca!!! A estratégia DEVE SER SEMPRE RACIONAL E NUNCA EMOCIONAL!!! O emocional é quem te tira do caminho.

 
Devemos ter duas pessoas dentro de nós: o estrategista e o operador. O estrategista irá analisar a situação que se encontra e definir seus objetivos (ele é o cara das perguntas). O operador irá cumprir o que o estrategista definiu, ele não tem poder de mudar nenhuma decisão feita pelo estrategista, ele só irá apertar o botão de compra/ vende qualquer coisa que seja.
 
Montando tudo isso, você aumenta sensivelmente a probabilidade de sucesso e, por consequência, a diminuição de riscos (que é tudo o que buscamos, ou seja, aumentar o retorno tentando diminuir o risco).

Alecio Miari
M4i - Money Consulting

terça-feira, 15 de julho de 2014

Bolsa de Valores - Alterações dos Ativos


6. Subscrição

 
Logo de cara podemos dizer que a principal diferença da Subscrição para as demais alterações é que ela é um evento Voluntário, sendo que o acionista deve manifestar interesse em subscrever ou não.

De modo objetivo, a Subscrição é um IPO para acionistas da empresa. Ela resolve abrir mais um pedaço do capital, porém somente quem já possui ações dela terá o direito de adquirir novos ativos (que virão diretamente dela).

 

Exemplo gráfico:



 
Esta Subscrição pode ser um sucesso (se o preço que a empresa estipular for menor que o praticado no mercado) ou pode ser um fracasso (se o preço for maior que o do mercado).



Empresas

Bom, após vermos o que é uma ação, os tipos de investidores, tipos de mercado e as alterações que as ações podem sofrer quero que fique claro o conceito que você acaba de se tornar sócio da empresa e por isso ela merece atenção.

Imaginemos o seguinte...

Um amigo seu tem uma loja de roupas em um shopping center e quer ampliar o espaço físico alugando a sala ao lado, porém por não ter dinheiro disponível te propõe uma porcentagem do negócio em troca de você financiar o novo aluguel e as reformas.

Você entrando nesta parceria, não vai querer saber os custos de tudo? Ou os prazos de conclusão das obras e o tempo previsto para retorno do capital investido? E as perspectivas de consumo no varejo, são boas? A loja é de grife ou “de povão”?

Então, da mesma forma que você estará preocupado com seu dinheiro na loja do amigo, terá que ter a mesma preocupação com a empresa a qual você é sócio. Desta maneira deve-se ficar atento e acompanhando os seguintes pontos:




Exagero? Não acho! Também não precisa olhar todo dia o site da empresa e acompanhar 24 horas por dia. Mas podemos estipular de olhar uma vez por mês, acompanhar determinados noticiários e só se ligar nas notícias relacionadas ao seu mercado específico.
 
Deixo aqui alguns sites úteis para consultar empresas:
 
 
> Mercados
>> Ações
>>> Empresas
>>> Plantão Empresas 
Esta janela é o canal oficial da Bovespa com os Investidores. É onde são divulgadas todas as informações relevantes para o mercado das empresas que possuem capital aberto
 
> Mercados
>> Ações
>>> Empresas Listadas
(procurar a empresa)
Neste campo constam os dados da companhia (códigos de negociação, site oficial, setor que atua, etc...) bem como as notícias veiculadas ao mercado que ocorreram com a mesma.
> Participantes
>> Corretoras
>>>> Busca de Corretoras
Listagem de todas as corretoras aptas a operar no Mercado.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Breve pausa para alguns pensamentos sobre a copa...


O  TRADICIONAL CONSELHO SOBRE INVESTIMENTOS NOS ORIENTA A "NUNCA COLOCAR OS OVOS EM UMA ÚNICA CESTA", MAS O QUE FAZER QUANDO POSSUÍMOS SOMENTE UM ÚNICO OVO?

O ovo do Brasil se chama futebol e ao redor dele giram as maiores expectativas e controvérsias, devido a duas linhas de raciocínio: os que acham que o futebol não tem nada a ver com o resto das dificuldades que o país enfrenta e os que acham um absurdo o país parar por causa de futebol enquanto possuímos tantos problemas em diversas áreas.

Enquanto uns defendem que todos somos brasileiros e que é um absurdo não torcermos todos para o mesmo time defendendo o mesmo ideal, outros acham que não somos obrigados a torcer pela mesma seleção (afinal, só porque nasci católico devo continuar acreditando na crença?).

Enquanto uns acreditam que o futebol é uma oportunidade de união do país e que deve ser encarado somente como um tipo de entretenimento que ajuda todos os cidadãos a saírem de suas rotinas, outros acham que voltamos à antiga política romana de "pão e circo" onde os políticos mascaram as pilantragens oferecendo diversão ao povo ignorante.

E independente se você crê que a copa do mundo é sensacional ou uma babaquice, a verdade é que a grande questão é que possuímos um único ovo: o futebol. Se este único ovo é depositado somente em uma cesta, ficamos vulneráveis para ambos os lados: ou a suprema felicidade ou a suprema derrota.


Quando o mesmo é entregue são e salvo ao seu destino, todas as pessoas ficam leves e felizes e se esquecem de todos os problemas diários. Na verdade ele ajuda a todos enfrentarem as dificuldades com muito mais humor e positivismo.

"Ônibus lotado
Povo apertado
Será que na vida
Tudo é passageiro
Um calor danado
Povo sem dinheiro
Tenho lá minhas dúvidas
Se Deus é brasileiro...
 
 
Como esse povo que sofre
Com fome, que passa mal
Vai batucar na panela vazia
E fazer carnaval..."
 

O problema é que quando ele cai, se quebra facilmente e a cena é horrível (além de fazer um estrago danado no chão e feder absurdamente). Neste momento o povo se revolta, parece haver um consenso (in) consciente de que a única coisa que exigimos dos governantes é a felicidade no futebol. E nem isso eles conseguem nos proporcionar?? Aí começa uma quebradeira de patrimônio público e os antigos jogadores-heróis são execrados passando a serem tratados como lixo.

 
"Futebol? Futebol não se aprende na escola
No país do futebol o sol nasce para todos
mas só brilha para poucos
e brilhou pela janela do barraco da favela
onde morava esse garoto chamado Brazuca
 
É campeão da hipocrisia, da violência, da humilhação
É campeão da covardia e da miséria, corrupção
É campeão da ignorância, do desespero, desnutrição
É campeão do abandono, da fome e da prostituição"
Até uma situação aparentemente comum nos traz duas visões: um garoto invade o treino do Brasil, os seguranças estão colocando ele para fora quando Neymar e David Luiz intervém. Puxam o garoto, tiram fotos e dão suas camisetas para eles.
 
Uns acham que foi sensacional a demonstração de humanidade que eles demonstraram e os apoiam totalmente no posicionamento que tiveram, outros acham um absurdo eles recompensarem um garoto que burlou a segurança, que eles não podem pregar que o "malandro consegue mais coisas e se dá melhor".
 
Nossa vida é baseada nas nossas escolhas e por isso fecho este post com dois pensamentos:
 
Perdemos de forma humilhante da Alemanha, nosso único ovo quebrou.
Não importa quantas vezes você cai, mas sim quantas vezes você consegue se reerguer.
 
O Brasil perdeu em todos os sentidos: o jogo, o dinheiro mal investido, a roubalheira, etc...
O Brasil pode ser mudado. Já dizia Walt Disney: "Eu acredito no impossível porque lá a concorrência é menor".
 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Bolsa de Valores - Alterações dos Ativos

Continuando a conversa passada....

4. Bonificação

O quarto tipo de alteração que a ação pode sofrer é a bonificação que consiste na empresa te dar uma quantidade “x” de ações em cima da sua base acionária.



Exemplo prático para o mercado: A Petrobrás resolve fazer uma bonificação de 10% em cima da base acionária, como você tem 100 ações da PETR4 valendo R$ 2.614 receberá da empresa 10 ações. Sua carteira passa a ter 110 ações valendo R$ 2.875,40. Este tipo de alteração, assim como os dividendos e JCP, é involuntário pois não necessita da aprovação do dono dos ativos para ser efetuado.

5. Reestruturação Acionária
Outro tipo de alteração que a ação pode sofrer é quando ocorre uma reestruturação societária na empresa. Isso pode ser em conseqüência de uma fusão ou aquisição, por exemplo.

A ideia é que temos laranjas hoje, porém após a reestruturação teremos abacaxi. Outro investidor tem limões e após a reestruturação terá o mesmo abacaxi que eu. Para um exemplo prático temos: O Investidor A possui 100 LLXL3 ao preço de R$ 10 totalizando R$ 1.000, enquanto o investidor B tem 50 IRON3 ao preço de R$ 500 totalizando R$ 25.000.
Elas fazem uma fusão e se transformam na MMXM3. O investidor A passará a ter 40 MMXM3 ao preço de R$ 25 totalizando os mesmos R$ 1.000 e o investidor B terá 1000 MMXM3 ao preço de R$ 25 totalizando os mesmos R$ 25.000.
PS: Isso não é regra!!! Há possibilidades de você sair ganhando ou perdendo nestas brincadeiras.


Deixo um exemplo verídico ocorrido no mercado.

As empresas Abyara (ABYA3), Agra (AGIN3) e Klabin Segall (KSSA3) anunciaram em 02 de setembro de 2009 a fusão de suas operações e criação de nova companhia: AGRE EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIOS. Como as três possuíam ações sendo negociadas em bolsa, a porcentagem de transferência foi determinada da seguinte maneira:

1 ABYA3 equivaleria à 5,185657061 AGRE3
1 AGIN3 equivaleria à 4,858175714  AGRE3
1 KSSA3 equivaleria à 4,775142186 AGRE3

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Bolsa de Valores - Alterações dos Ativos

1. Dividendos e JCP
 
 
Depois que a empresa abriu capital no mercado e suas ações passaram a ser negociadas, acaba a sua participação? É só deixar as ações subirem ou caírem e pronto? NÃO!!!! Se for uma empresa séria ela faz um acompanhamento de tudo que acontece no mercado, além do fato de que ela é obrigada a divulgar notícias de acontecimentos que influenciarão o aumento/ retração de lucratividade bem como distribuir dividendos aos acionistas.
           
Antes de qualquer coisa, DIVIDENDOS é a porcentagem do lucro que a empresa ganhou e que “divide” com seus acionistas (eu sendo um acionista tenho dinheiro meu lá e quero retorno dele!). Eles são pagos de acordo com a política da empresa: há as que pagam mensalmente, trimestralmente, semestralmente, anualmente, etc...
 
Normalmente quando são distribuídos os dividendos, juntos são pagos uma coisa chamada Juros sobre Capital Próprio (JCP). Este valor é outra parcela do lucro que é guardada em uma conta específica (tipo um “lucros acumulados”) e que vai gerando juros. Estes juros são distribuídos aos acionistas (lembrando que neles incide IR, a empresa divulga que pagará R$ 0,35 de JCP por exemplo, mas você receberá R$ 0,31 sendo esta diferença o IR já retido).

Esta é uma ação involuntária do acionista, simplesmente sai a notícia no mercado que serão pagos dividendos e JCP com base na posição acionária da data “x” e o valor entra diretamente na conta do cliente na corretora. Um detalhe importante!!! Este valor é descontado da ação!!! Se a ação vale R$ 10,00 e pagará R$ 0,35, no dia seguinte ela estará valendo R$ 9,65 (pois esta diferença você receberá na sua conta da corretora).

2. Desdobramento
 
Desdobramento consiste em multiplicar a sua base acionária dividindo o valor unitário do ativo pelo mesmo número.


No final das contas o seu valor financeiro não se alterará pois, apesar de ter aumentado a sua quantidade de ativos, o valor de cada um caiu na mesma proporção. Normalmente é feito isso para que seja possível o pequeno investidor adquiri-la, já que a ação se valorizou de tal maneira fazendo com que ele não tenha capacidade financeira de se tornar sócio dela. Com isso ela faz a sua ação custar mais barato e possibilita abertura para novos investidores.
  
3. Grupamento
É basicamente o inverso do Desdobramento já que, ao invés de multiplicar a base acionária e dividir o preço unitário, no Grupamento a base acionária é dividida enquanto o preço unitário é multiplicado. No mesmo raciocínio, a empresa se utiliza deste artifício para excluir os pequenos investidores (os que possuem uma base acionária muito pequena) já que com este procedimento os menores deixarão de existir (mas calma, ela paga em dinheiro o que não der para grupar).

Novamente o valor financeiro não se altera, somente a quantidade de ativos (vai de 50 para 100 no exemplo acima).
 
Por enquanto vamos ficar nestes três, no próximo post veremos o resto.
 

sexta-feira, 28 de março de 2014

Bolsa de Valores - IPO – Initial Public Offering (Oferta Pública Inicial)

A Oferta Pública Inicial é um meio ao qual a empresa usa para captar recursos. Seja por necessidade de expansão, de quitação de dívidas, de investimentos, etc..., ela se vale da possibilidade de abrir o capital na Bolsa fazendo com que a Pessoa Física integre sua base acionária.


Para captar recursos ela vende uma porcentagem de seu capital oferecendo no mercado (BOVESPA), recebe o dinheiro para seus propósitos e então seus títulos passam a ser negociados normalmente dentro da Bolsa.

O IPO é considerado um mercado primário pois as pessoas comprarão ações  diretamente da empresa (é a primeira vez que uma pessoa física está adquirindo ativos da empresa). Logo que passa a ser autorizada a negociação na bolsa, vira mercado secundário (não há geração de novos acionistas, apenas uma “transferência de donos”).

Ele é uma opção interessante para quem sempre quis ser sócio de alguma empresa que não fazia parte do mercado até aquele momento e que agora quer ter PF como sócios. Ocorre porém que também trata-se de uma operação arriscadíssima ao investidor visto a empresa não ter histórico de negociações em bolsa.

Este negócio de não ter um passado dentro do mercado de ações é complicado pois muitas vezes a Bolsa de Valores não reflete a vida real. Uma empresa muito sólida e estruturada no "mundo real" pode não ter tanta demanda e aceitação no "mundo virtual".
        
Já vi muitos investidores arriscando nos “IPO's da vida” com o intuito de comprar uma quantidade muito grande de ativos e vendê-los no dia que começam a ser negociados em bolsa (isso se chama "Flipar") devido a possível demanda por grandes instituições que irão montar posição baseados nestes ativos. C U I D A D O ! ! ! Procurem o histórico de IPO's e verão que por exemplo a empresa Tivit (TVIT3) teve 5% de queda no dia da abertura das negociações em Bolsa. Outro que apresentou prejuízo foi o IPO do Banco Santander (SANB11) que se manteve estável no início das negociações e depois apresentou queda durante o dia.

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terça-feira, 18 de março de 2014

Bolsa de Valores - Mercado a Termo

Como eu quase não sou estressado quanto ao fato de que o mercado é perigoso, vou dar só um avisinho de nada.....



TERMO É UM MERCADO ULTRA PERIGOSÍSSIMO!!!!

Para atuar aqui, deve-se estar ligado no movimento que o mercado está fazendo e recalcular seu risco financeiro constantemente!!!! Dado o aviso vamos às explicações:

O Termo funciona como um tipo de financiamento onde uma pessoa A compra uma ação à Vista e vende a termo para uma pessoa B. Quem fez o termo (B) terá de vender o papel e pagar o financiador (A) até o prazo determinado com a taxa previamente acordada.




O Financiador (A) receberá o valor já acordado enquanto o Tomador (B) terá lucro ilimitado se o ativo subir e prejuízo ilimitado se cair (olha a relação Risco x Retorno).


Muito complicado de entender, eu sei. Vamos montar um exemplo do dia a dia:


Imaginem que quero comprar uma casa de R$ 100.000 (cem mil reais), mas só possuo R$ 10.000 (dez mil reais). Como eu quero muito a casa porque tem piscina, boa localização, etc... vou ao banco e pego R$ 90.000 (noventa mil reais) emprestados para completar meu valor. O banco faz uma análise e concorda em emprestar o dinheiro mas com uma taxinha de 10% a.a. (ou R$ 9.000 de juros). Aceito a proposta e fico o ano todo na minha casinha curtindo.


No final do ano tenho que pagar a dívida de R$ 99.000 (empréstimo + juros = 90.000 + 9.000) para o banco e para isso resolvo vender a casa para quitá-la.

Teremos então dois cenários possíveis:

1º Otimista

Imaginemos que o imóvel VALORIZOU 20%!!!


Eu venderei a casa por R$ 120.000 (R$ 100.000 + 20%), quitarei o empréstimo por R$ 99.000, recupero meus R$ 10.000 investidos inicialmente e ainda me sobram R$ 11.000 de lucro.

Demonstrando a conta:

2º Pessimista


Ao invés de valorizar, o imóvel DESVALORIZOU 20%!!!



Seguindo mesma linha de raciocínio, temos a venda da casa pelo preço de R$ 80.000, quito a dívida de R$ 99.000 (tenho de colocar R$ 19.000 em cima) me ocasionando então um prejuízo de R$ 19.000 (sem contar os meus R$ 10.000 iniciais).



Então temos um prejuízo de R$ 19.000 em relação à divida do banco mais o investimento inicial efetuado (R$ 10.000). Temos então um prejuízo total de R$ 29.000.

Bom, acho que todos entenderam quão volátil e perigoso é este tipo de operação. Deixo minha dica de só entrarem aqui depois de muito tempo de mercado (e já tiverem dominado o à vista, opções, BTC....).


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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

BTC – Banco de Títulos em Custódia

AEEEEE!!!!

Depois de um tempo afastado, retornei!! E vamos continuar nos investimentos em Bolsa de Valores iniciando com o BTC, o chamado aluguel de ações.