O Fundamentalismo se baseia em
analisar a empresa, sua saúde, seu atual momento e suas perspectivas. O
objetivo é verificar se a empresa presta ou não e mesmo assim ter na cabeça que
o conhecimento técnico perde para o comportamento humano.
Antes de entrarmos na parte técnica,
quero que fique bem claro que a perspectiva futura da empresa atrelado às
expectativas do mercado derrubam uma análise fundamentalista. Sabe como? Vamos
recordar quando o Itaú e o Unibanco resolveram efetuar uma fusão. De um dia
para o outro eles vêm a público anunciar a decisão, pega todos de surpresa e
alavanca absurdamente os preços de suas ações.
Pois bem, e se eu disser que quem
entrou neste dia da publicação provavelmente teve prejuízo? Como? Pois este
tipo de notícia que “chacoalha o mercado” segue o seguinte fluxo:
Acima da linha do tempo temos os
acontecimentos e abaixo temos quem soube da notícia naquele período. Se vocês
repararem bem, estamos todos ali na MASSA! Olha o que já teve de gente que
soube antes e o quanto de especulação que pode ter sido feito. Quando a notícia saiu e o preço foi nas alturas, os que compraram antes
pagaram muito barato.
O fundamento fica distorcido? Sim, pois
o ativo fica supervalorizado. Não quer dizer que a empresa é uma porcaria, mas
que estão falando que ela vale muito mais do que vale, aí você acaba pagando
muito caro por ela (se comprar neste período de especulação e de grandes
acontecimentos, com notícias bombásticas).
“Não tem nada mais velho que o
jornal de hoje” (causa e conseqüência são um só. Aquela notícia já era
esperada).
Dentro deste assunto temos dois
termos muitos usados:
Bolha: é aquilo que quando estoura você não
consegue pegar (supervalorização da ação depois de muitas pessoas receberem
informações privilegiadas), é como uma bola de sabão.
Crash: após o estouro da bolha, é uma queda
em linha reta derrubando tudo (as melhores empresas mais devagar, as piores
muito acelerado).
Falamos o tempo inteiro de riscos,
mas não adotamos os passos necessários e adequados para enfrentá-los.
Os riscos que devemos olhar são os
que contêm a possibilidade da empresa diminuir seu ritmo ocasionando menores
faturamentos ou até mesmo prejuízos. Para analisá-los temos de olhar para o
balanço da empresa.
Calma, calma calma... ninguém aqui
vai tem que fazer um curso de contabilidade para ser da escola fundamentalista,
devemos ver o balanço pelos olhos de um Investidor e não de um Contador.
A cara de um balanço é a seguinte:
O primeiro ponto aqui é jogar ativo
e passivo fora e se concentrar somente no PL pois ele é aquilo que efetivamente
pertence ao acionista, é o valor da empresa (PL = Ativo – Passivo). Este PL tem
que apresentar crescimento contínuo e constante.
Outro relatório legal de olharmos é
o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) pois ele nos mostrará lá no final se a empresa apresentou lucro ou
prejuízo. Mais importante que esta linha só a que vem falando “Lucro por ação”
pois aí poderemos verificar quanto a empresa está lucrando por cada ação.
Demonstrativo de Resultado do Exercício – DRE
Este é um exemplo bobinho de DRE,
sendo que esta empresa específica não apresenta a linha “Lucro por ação”.
Bom, por enquanto é isso, depois
veremos os índices que podem ser calculados para avaliar Liquidez Geral,
Liquidez Corrente, Grau de Endividamento, Margem Líquida, Rentabilidade do PL,
etc...
M4i - Money Consulting
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